Portugal pediu ajuda externa há cinco anos
A 6 de Abril de 2011, José Sócrates anunciava a decisão ao país. Como mudaram a dívida pública, a taxa de desemprego, o défice e a actividade económica?
Cinco anos depois do resgate financeiro, Portugal ainda apresenta um défice e uma dívida pública acima do permitido pela União Europeia. De acordo com a agência Lusa, a actividade económica verificou um crescimento lento e a taxa de desemprego mantém-se a um nível semelhante ao de 2011.
A 6 de Abril de 2011, o ministro das Finanças Fernando Teixeira dos Santos reconheceu ao Jornal de Negócios que Portugal precisava de ajuda externa. No mesmo dia, o anúncio do pedido viria do primeiro-ministro José Sócrates: "O Governo decidiu hoje mesmo dirigir à Comissão Europeia um pedido de assistência financeira por forma a garantir as condições de financiamento do nosso país, ao nosso sistema financeiro e à nossa economia."
O pedido foi concedido pela chamada troika: o Banco Central Europeu, a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional.
A Lusa salienta que entre 2011 e 2015 (um ano depois do término do Programa de Assistência Económica e Financeira), o défice orçamental caiu. Se em 2011 era 7,4% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2015 fixou-se nos 4,4%. Porém, o número faz com que Portugal se mantenha no Procedimento dos Défices Excessivos da União Europeia (aplicado aos países com défice acima de 3%).
Dentro do Procedimento enquadram-se ainda os países cuja a dívida pública seja acima de 60% do PIB: e se em 2011 esta ascendia aos 111,4% do PIB, até 2015 aumentou para os 128,8%. Porém, está em queda desde 2014, quando atingiu um pico de 130,2%.
Entre 2011 e 2014, a actividade económica evoluiu, crescendo sempre abaixo de 1%. Em 2015, registou-se um crescimento de 1,5%.
12,7% da população activa portuguesa estava desempregada em 2011. Em 2015, não se verificam grandes alterações: o número fixa-se nos 12,4%.
O Programa de Assistência Económica e Financeira seria assinado em Maio de 2011 e terminou na Primavera de 2014. Até meados da década de 2020, pelo menos, o Fundo Monetário Europeu e a Comissão Europeia continuarão a monitorizar Portugal até que o país reembolse a maioria do empréstimo contraído.
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