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Portugal continua vulnerável apesar de ter melhorado gestão da dívida

05 de fevereiro de 2018 às 15:23

A agência de notação financeira Moody's considera que Portugal continua a ser mais sensível às alterações dos mercados do que os seus pares europeus.

A agência de notação financeira Moody's considera que Portugal continua a ser mais sensível às alterações dos mercados do que os seus pares europeus, embora os reembolsos antecipados ao FMI tenham melhorado a resiliência da dívida portuguesa.

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Fundo de Resgate Europeu diz que está sólido apesar do corte da Moody's
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Moody’s é a mais optimista nas previsões de crescimento
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Moody’s sobe 'rating' para um nível inferior a lixo
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Foto: Emmanuel Dunand

"As políticas activas de gestão da dívida tomadas pelo Governo melhoraram a resiliência do perfil da dívida portuguesa às mudanças do mercado", diz a Moody's, que é a única das três principais agências de 'rating' a manter Portugal numa nota de 'lixo', numa análise divulgada hoje.

No entanto, e porque o peso da dívida permanece "muito elevado em relação aos seus pares", em torno dos 127% do PIB em 2017, segundo espera o executivo, a Moody's afirma que os juros das obrigações portuguesas devem permanecer "mais sensíveis a alterações no sentimento dos investidores" do que acontece com a maioria dos países periféricos da Europa.

Na nota, a agência refere-se ao pagamento antecipado de 831 milhões de euros da tranche mais cara do empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI). Com este reembolso, que ocorreu em Janeiro, Portugal pagou já 83% do total do empréstimo ao FMI.

"Mais importante, dado que o montante por pagar (4.500 milhões de euros) está agora abaixo da quota de Portugal no FMI, o custo do serviço da dívida restante vai cair para 1% dos anteriores 4%", destaca a Moody's.

A agência de 'rating' recorda que este pagamento segue a estratégia do Governo português de refinanciar gradualmente a "relativamente cara" dívida do programa de ajustamento por "financiamento de mercado mais barato" e que, em resultado, o custo médio da dívida desceu de um pico de 4,1% em 2011 para 3% em 2017.

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