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Meta lança óculos com IA, rumo à "superinteligência"

Sofia Parissi 19 de setembro de 2025 às 20:00

O dispositivo é controlado por uma pulseira com 18 horas de autonomia. A apresentação ficou marcada por falhas técnicas, que Mark Zuckerberg atribuiu à ligação wi-fi.

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, apresentou na conferência anual Meta Connect, na Califórnia, os novos Ray-Ban Meta Display. “Os óculos são o formato ideal para uma superinteligência, porque permitem que permaneça presente no momento enquanto acede a todas as funcionalidades de IA”, afirmou Zuckerberg, que se referiu aos novos equipamentos como “um grande avanço científico”. O modelo vai estar disponível a partir de 30 de setembro nos EUA e o preço começa nos 799 dólares (cerca de 675 euros).
Mark Zuckerberg apresenta óculos inteligentes da Meta com pulseira EMG AP Photo/Nic Coury
Criados em parceria com a EssilorLuxottica, os óculos apresentam um ecrã de alta resolução integrado, que desaparece quando não está a ser utilizado. A tecnologia permite ver mensagens, traduzir conversas, obter direções, interagir com IA, ouvir música e atender chamadas. Apesar de esteticamente serem semelhantes aos modelos convencionais, os óculos “escondem” um microfone, uma câmera de 12 megapixéis e altifalante. O ecrã aparece numa linha inferior aos olhos e não interfere com o campo de visão.  Para os utilizar, é necessário ter ligação bluetooth a um smartphone compatível com a aplicação da Meta e acesso à internet. Além disso, o dispositivo é vendido em conjunto com uma pulseira com 18 horas de autonomia, a Meta Neural Band, que funciona através de sinais eletromiográficos (EMG) e permite controlar os óculos através de gestos com as mãos. Uma das grandes inovações é a possibilidade de interagir com IA sem necessidade de usar controlos de voz.  Além dos Display, a Meta também revelou um conjunto de óculos inteligentes Oakley para atletas, e foi lançada a nova versão dos Ray-Ban Meta (Gen 2), com até duas vezes mais autonomia de bateria. “Não é segredo que estamos a trabalhar para levar a superinteligência pessoal a todos”, disse a Meta, em comunicado. Durante a apresentação do novo dispositivo nem tudo correu como esperado e existiram algumas falhas técnicas. Zuckerberg não conseguiu atender uma chamada do diretor de tecnologia, Andrew Bosworth, nos óculos e atribuiu as falhas à ligação wi-fi. Também existiram problemas na apresentação dos Ray-Ban Meta (Gen 2). Os novos lançamentos surgem numa altura em que a Meta, que controla o Facebook e o Instagram, está a receber críticas devido ao impacto dos seus produtos, nomeadamente em crianças.
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