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Greve da Starbucks alargada a 30 novas lojas nos EUA

Lusa 20 de novembro de 2025 às 21:00

O número de lojas em greve subiu de 65 para um total de 95.

A greve dos trabalhadores da Starbucks filiados no Starbucks Workers United (SWU) foi alargada a 30 novas lojas, uma semana após o início do protesto nos Estados Unidos, segundo o sindicato.
O número de lojas em greve subiu de 65 para um total de 95, com a adesão de estabelecimentos em cidades como Cleveland, Memphis (Tennessee), Springfield (Missouri) e Albany (Nova Iorque), e a quantidade de funcionários em protesto aumentou de 1.000 para 2.000, sem que tenha existido qualquer progresso nas negociações por melhores condições de trabalho. "Simplesmente queremos salários líquidos mais altos, melhores horários, apoios mais fortes e o fim do assédio sindical. Há meses que a Starbucks não nos oferece uma proposta de contrato séria. Até que isso aconteça, vamos continuar a intensificar as pressões", comunicou o SWU através da rede social X. O sindicato refere que as negociações estão paradas há seis meses e que a empresa "recusou apresentar novas propostas para satisfazer as exigências por mais trabalhadores nas lojas, salários mais altos e a resolução de centenas de acusações de práticas laborais desleais". O CEO da Starbucks, Brian Niccol, que recebeu 95 milhões de dólares em remunerações desde que se juntou à empresa, divulgou uma mensagem interna informando que as vendas estavam a bater recordes no início da época festiva, o período crucial escolhido pelos funcionários em greve para exercer pressão, segundo a CNBC. O protesto começou na passada quinta-feira, no 'Red Cup Day', um dos dias mais movimentados do ano em que a Starbucks oferece copos reutilizáveis aos clientes que se juntam à iniciativa. A greve já gerou mensagens de apoio de políticos democratas, incluindo senadores e deputados, que estão a tentar pressionar o CEO da Starbucks a regressar à mesa das negociações interrompidas desde abril. O presidente eleito da Câmara de Nova Iorque, Zohran Mamdani, apelou ao boicote contra a Starbucks sob o lema "sem contrato, sem café". O sindicato dos trabalhadores da Starbucks, formado no final de 2021, informa no seu 'site' que representa 11.000 trabalhadores em 550 lojas nos Estados Unidos. A Starbucks tem aproximadamente 10.000 lojas próprias nos EUA e 7.000 lojas franchisadas em locais como aeroportos. "Como já dissemos, 99% das nossas 17.000 lojas nos EUA continuam abertas e a receber clientes, incluindo muitas que o sindicato declarou publicamente que iriam fazer greve, mas que nunca fecharam ou já reabriram", disse a porta-voz da Starbucks, Jaci Anderson.
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