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Economia cresceu 2,7% em 2017 e aproxima-se do valor que tinha em 2010

28 de fevereiro de 2018 às 11:17

O Instituto Nacional de Estatística confirma os dados que tinha divulgado na estimativa rápida há quinze dias.

A economia portuguesa cresceu 2,7% no do ano passado, atingindo cerca de 179,2 mil milhões de euros em termos reais, aproximando-se assim do valor que tinha em 2010, antes da crise económica, confirmou esta quarta-feira o INE.

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Foto:  iStockphoto

Nos dados divulgados hoje, o Instituto Nacional de Estatística (INE) confirma os dados que tinha divulgado na estimativa rápida há quinze dias: a economia portuguesa cresceu 2,7% no conjunto de 2017 (o ritmo mais elevado desde 2000) e no último trimestre desse ano avançou 2,4% em termos homólogos e 0,7% em cadeia.

Com o crescimento de 2,7%, o Produto Interno Bruto (PIB) atingiu 179.172,9 milhões de euros em termos reais (excluindo o efeito da inflação), aproximando-se assim dos 179.444,8 milhões de euros que valia em 2010, o ano anterior ao pedido de ajuda financeira.

Recorde-se que a economia encolheu até aos cerca de 167,2 mil milhões de euros em 2013, recuperando desde 2014 em cada um dos anos, aproximando-se em 2017 do valor que tinha antes do programa de ajustamento.

No crescimento de 2,7% do PIB no conjunto de 2017, o INE destaca o contributo da procura interna, que aumentou 2,9 pontos percentuais, "devido sobretudo à aceleração do investimento", que cresceu 8,4% em 2017 (0,8% em 2016), enquanto o consumo privado avançou 2,2% (2,1% em 2016).

O consumo público, que diz respeito às despesas de consumo final das Administrações Públicas, abrandou, crescendo apenas 0,1%, quando em 2016 tinha avançado 0,6%.

A procura externa líquida registou um contributo negativo de 0,2 pontos percentuais, verificando-se uma aceleração das exportações, de 4,4% em 2016 para 7,9% e das importações, de 4,2% para 7,9% em 2017, segundo o INE.

"Em termos nominais, incluindo o efeito da inflação, o PIB aumentou 4,1%, situando-se em cerca de 193,1 mil milhões de euros em 2017", afirma a entidade.

Já no que diz respeito apenas ao último trimestre do ano, que em termos homólogos cresceu 2,4%, o contributo da procura interna diminuiu face ao trimestre anterior para 2,4 pontos percentuais (3,5 pontos no trimestre anterior), reflectindo o abrandamento do investimento para 5,9% e do consumo privado para 2% (10,3% e 2,6% no terceiro trimestre, respectivamente).

O contributo da procura externa líquida foi nulo (-1,1 pontos percentuais no trimestre anterior), em resultado da aceleração das exportações para 7,2% e do abrandamento das importações (6,2% e 8,4% no terceiro trimestre, respectivamente).

Face ao trimestre anterior, o PIB aumentou 0,7% em termos reais (variação em cadeia de 0,6% no terceiro trimestre), com um contributo da procura externa líquida positivo (de 0,6 pontos percentuais) no quarto trimestre (-0,3 pontos percentuais no trimestre anterior), "observando-se uma aceleração mais intensa das exportações (de 0,5% para 4,3%) que das importações (de 1,2% para 2,9%)".

Já o contributo da procura interna para a variação do PIB em cadeia diminuiu no último trimestre de 2017, para 0,1 pontos percentuais (1 ponto percentual no terceiro trimestre), "em consequência do abrandamento do consumo privado para 0,3% (1,4% no trimestre anterior) e da diminuição de 0,4% do investimento (crescimento de 0,2% no trimestre precedente)".

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