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Coronavírus: Costa pediu ao Banco de Portugal para estar atento a créditos

10 de abril de 2020 às 15:50

Primeiro-ministro salienta que a atual crise provocada pela pandemia da Covid-19 é o momento de a "banca retribuir" o "enorme esforço" dos portugueses.

O primeiro-ministro adiantou hoje ter pedido ao Banco de Portugal que "esteja atento" à utilização dos créditos com garantias de Estado, salientando que é o momento de a "banca retribuir" o "enorme esforço" dos portugueses.

Em entrevista ao programa "Você na Tv", da TVI, António Costa afirmou que "a banca tem de ter mesmo uma função diferente daquela que habitualmente tem" e que este é "o momento de a banca retribuir ao país o enorme esforço que o país fez para recuperar a banca".

"Eu acho que os bancos têm vindo a ser sensibilizados. Ainda nesta semana o senhor Presidente da República reuniu-se com os presidentes dos cinco maiores bancos para os procurar sensibilizar, eu próprio já pedi ao Banco de Portugal para que esteja atento, designadamente à forma como estão a ser utilizados estes créditos com garantias de Estado", adiantou.

Na ótica do primeiro-ministro, "deve haver supervisão relativamente a isso".

De acordo com o chefe de Governo, também o executivo tem estado atento às queixas que vai recebendo e "se estão a ser cumpridas as condições com base nas quais" foram concedidas as "garantias de Estado aos bancos".

Durante a entrevista, conduzida por Manuel Luís Goucha mas que contou também com perguntas de telespetadores, António Costa disse a um emigrante que as moratórias dos créditos à habitação podem ser pedidas através da internet e que não lhe "consta que seja restrita a moratória a quem seja residente em Portugal.

"Não há nenhuma razão para que assim seja", acrescentou.

O chefe de Governo disse também esperar que "a austeridade não entre na vida dos portugueses", porque, "independentemente da terapia de há 10 anos, a doença é completamente diferente" agora.

"Temos um problema de saúde que atingiu a economia", afirmou, considerando que a solução passa por "controlar a pandemia para não afetar a economia, e depois tratar a economia" para que "não afete as finanças do Estado".

Questionado sobre os efeitos que já se fazem sentir, nomeadamente através de despedimentos e da redução do rendimento das famílias, o primeiro-ministro frisou que "é imoral haver despedimentos ilegais, como é ilegal especular o preço" de materiais como o álcool em gel ou das máscaras.

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