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Compra de casas por estrangeiros cai para mínimos desde 2021

Lusa 23 de junho de 2025 às 12:59

As habitações adquiridas por compradores com residência fiscal em Portugal aumentaram 26,6% em relação ao ano anterior, para 39.260 unidades.

As compras de casas por estrangeiros representaram 5,1% do total no primeiro trimestre deste ano, o peso relativo mais baixo desde o segundo trimestre de 2021, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

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De acordo com o Índice de Preços da Habitação (IPHab) do Instituto Nacional de Estatística (INE), de janeiro a março, 5,1% das habitações transacionadas em Portugal (2.098) envolveram compradores com residência fiscal fora do país, com a categoria União Europeia (UE) a representar 2,7% e os restantes países 2,4%.

"O peso relativo das compras por compradores com residência fiscal fora do território nacional foi o mais baixo desde o segundo trimestre de 2021", destaca.

Pelo contrário, as habitações adquiridas por compradores com residência fiscal em Portugal aumentaram 26,6% em relação ao ano anterior, para 39.260 unidades.

Segundo o INE, registaram-se "dinâmicas diferentes" nas transações de compradores com residência fiscal fora de Portugal: Se as aquisições de casas por compradores com residência fiscal na UE cresceram 12,1% em termos homólogos, para um total de 1.109 unidades, a categoria de residência fiscal "países restantes" totalizou 989 transações, uma redução anual de 8,3% e a quinta quebra consecutiva.

No total, no primeiro trimestre transacionaram-se 41.358 habitações, um crescimento homólogo de 25,0% e uma redução em cadeia de 8,5%. Em valor, as transações registadas ascenderam a 9.600 milhões de euros, mais 42,9% face a idêntico período de 2024.

Por regiões, o Norte, com um total de 12.285 transações, representou 29,7% de todas as vendas de habitações, uma descida de 0,3 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior.

Seguiu-se, em termos de número de transações, a Grande Lisboa, com 8.018 vendas, e a região Centro, com 6.501 unidades, representando 19,4% e 15,7% do total (+0,3 e -0,6 pontos percentuais face ao mesmo trimestre de 2024).

Em valor, a Península de Setúbal e a Madeira foram as regiões que registaram os maiores aumentos homólogos em termos de quotas relativas, 0,6 e 0,4 pontos percentuais, respetivamente, totalizando 9,9% e 2,8% do valor total, respetivamente.

A Grande Lisboa e o Algarve, que juntos representaram 42,4% do valor total transacionado, viram as suas quotas regionais diminuir -0,7 e -0,3 pontos percentuais em termos homólogos, pela mesma ordem.

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