BCE vai ser mais flexível na compra de dívida. Acelera nova ferramenta anti-crise
O Conselho do Banco Central Europeu reuniu-se esta quarta-feira de emergência após os juros das dívidas europeias terem agravado de forma expressiva.
O Banco Central Europeu (BCE) vai avançar com medidas para travar a turbulência nos mercados europeus de dívida. Após a reunião de emergência desta quarta-feira, a autoridade monetária anunciou que vai comprar dívida de forma mais flexível, bem como acelerar a implementação de um novo instrumento "anti-fragmentação".
"O Conselho do BCE decidiu que vai aplicar flexibilidade no reinvestimento das esperadas amortizações do portefólio do PEPP, com vista a preservar o funcionamento do mecanismo de transmissão de política monetária, uma pré-condição para que o BCE seja capaz de alcançar o seu mandato de estabilidade dos preços", explica o banco central, em comunicado.
O envelope do Programa de Compras de Emergência Pandémica (PEPP) tinha 1,85 biliões de euros para comprar dívida pública e privada da Zona Euro para tentar travar o impacto da pandemia na economia. As compras líquidas terminaram em março, estando a decorrer a fase de reinvestimento dos montantes que atingem as maturidades. São estes valores que o BCE quer agora usar de forma direcionada.
A par desta medida, os decisores políticos decidiram igualmente "mandatar os comités relevantes do Eurossistema em conjunto com os serviços do BCE para acelerarem a completude do desenho do novo instrumento anti-fragmentação para a consideração do Conselho do BCE".
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