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Angola deverá crescer 2% este ano depois de recessão

12 de julho de 2017 às 08:55

"Antevemos um preço do petróleo acima do valor do ano passado", indica uma consultora


A consultora Capital Economics antevê um crescimento de 2% para a economia de Angola este ano e uma aceleração para 2,5% no próximo ano, que surge depois de uma recessão de 4% em 2016.

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Foto: Getty Images
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"Esperamos que o Produto Interno Bruto ressalte para 2% em 2017 e para 2,5% em 2018", lê-se no mais recente relatório sobre a economia de África, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso.

"Isto seria bastante fraco pelos padrões históricos, mas seria, ainda assim, uma melhoria significativa face à recessão de 2016", escrevem os analistas, que notam, no entanto, que os maiores riscos na previsão apontam para um cenário pior.

"Se a taxa de câmbio oficial rapidamente convergisse com a taxa de câmbio paralela, os custos de pagamento da dívida iriam disparar", lê-se no relatório sobre o terceiro trimestre das economias africanas.

Por outro lado, escrevem que "a fraca qualidade das estatísticas angolanas levanta o sério risco de as coisas estarem piores do que parecem inicialmente", lembrando que "os números oficiais do PIB foram significativamente revistos em baixa no princípio deste ano".

O documento refere-se à revisão relativamente aos primeiros três trimestres do ano passado, que apontam para uma recessão média de 4,7%, não havendo ainda números oficiais para o último trimestre, o que significa que não há dados oficiais ainda para o crescimento económico angolano no conjunto do ano de 2016.

Para este ano, a Capital Economics estima que a economia angolana cresça 2%, "mas o risco de problemas sérios com a dívida está a crescer", alicerçado no abrandamento da economia, na manutenção dos preços baixos do petróleo e nos custos de financiamento da dívida dos países africanos, que aumentaram desde 2014.

"Antevemos um preço do petróleo acima do valor do ano passado, aumentando as receitas domésticos e melhorando a posição da balança de pagamentos", lê-se no relatório, que prevê também que as grandes desvalorizações monetárias façam já parte do passado.

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