O corredor de Alicante, de 31 anos, vai partilhar o pódio da 79.ª edição com o português Amaro Antunes, seu colega de equipa, e com o espanhol Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), segundo e terceiro classificados, respectivamente.
Na tirada final, um 'crono' de 20,3 quilómetros disputado em Viseu, Gustavo Veloso venceu com o tempo de 26.00 minutos, menos 15 segundos do que Alarcón, enquanto o também espanhol Alejandro Marque (Sporting-Tavira) foi terceiro, a 18 segundos.
Rui Vinha satisfeito com vitória do espanhol
Rui Vinhas não podia estar mais feliz por ter Raúl Alarcón como seu sucessor no historial de vencedores da Volta a Portugal em bicicleta, relevando que só não desistiu da 79.ª edição porque o seu grande amigo lhe pediu.
"Eu não posso demonstrar muito, mas toda a gente sabe que eu gosto dele. Ele sabe melhor do que ninguém quão feliz estou com esta vitória dele", começou por dizer à agência Lusa o inesperado vencedor da Volta de 2016.
"Desde 2013 que somos companheiros de equipa. Aliás, somos companheiros de quarto desde essa altura. Ajudei muito o Raúl e ele também me ajudou muito. No ano passado, foi o pilar da minha vitória. Ele e todos os outros colegas. Mas ele foi o mais especial. Passámos por vários momentos difíceis e conseguimos ultrapassá-los. O ano em que eu vim para a W52-Quinta da Lixa [2015] não foi fácil para ele, porque estava sem equipa. Lutámos, lutámos e conseguimos que ele viesse comigo. Após esse momento difícil, as coisas começaram a melhorar. O ano passado correu-me bastante bem, este ano está a ser o ano dele", destacou o ciclista de Sobrado.
Com o filho Pedro ao colo, o corredor 'dragão', de 30 anos, confessou à Lusa que, para si, Alarcón é um irmão, tanto que chegou a albergá-lo em sua casa no período mais complicado da vida do alicantino de Sax em Portugal.
"Desde o início, não foi fácil para ele estar em Portugal. Ele não queria estar a despender dinheiro, nessa altura era complicado para ele estar a pagar hotéis. Eu convidei-o a ficar em minha casa e toda a gente em casa gostou dele. Ele sentia-se em casa connosco e eu fico muito contente com isso. Ele agradeceu-me bastante e continua a agradecer. Não me arrependo dos gestos que tive para com ele. Ele está a ter o que merece e esta vitória é fruto de todo o trabalho e de todo o esforço dele ao longo dos anos", defendeu.