Rui Costa e Luís Filipe Vieira: a história de uma relação tóxica
Durante 13 anos, viveram uma relação complicada. O ex-presidente do Benfica chegou a insultar o antigo futebolista, que reagiu atirando-lhe uma resma de papel e uma caneta. O Maestro foi afastado das decisões na escolha de jogadores e treinadores e Vieira chegou a pôr um funcionário a controlar a sua hora de chegada às instalações do clube.
"Numa reunião do conselho de administração, Luís Filipe Vieira transmitiu a Rui Costa que estava a pensar substitui-lo pelo [José Eduardo] Moniz. Chamou-lhe incompetente, chulo, calão, e disse-lhe para se demitir”, recorda à SÁBADO um ex-administrador, presente no encontro. “O Rui Costa, furioso, atirou-lhe uma resma de papel e uma caneta.”
Nas 21 entrevistas que a SÁBADO fez a ex-administradores da SAD, ex-dirigentes e funcionários do clube, bem como a amigos de Rui Costa, jornalistas e comentadores, sobressaiu uma narrativa dominante: Vieira e Rui Costa mantinham uma relação tóxica, que resvalava para o ódio.
Um antigo elemento da equipa de prospeção define assim o relacionamento. “Tinham inveja um do outro. O Vieira tinha inveja da popularidade do Rui junto dos sócios, e o Rui inveja do Vieira por ele ser o presidente. O Rui foi esvaziado de responsabilidades e ficou desmotivado, pouco trabalhava, o que levava o Vieira a criticá-lo constantemente”, diz. “Com um ambiente assim, nem sei como conseguimos vencer seis campeonatos e atingir duas finais europeias.”
Ainda enquanto futebolista – quando era conhecido por “Maestro” pelos seus passes e assistências geniais –, Rui Costa já ambicionava ser dirigente quando pendurasse as chuteiras. Do Benfica, claro, o clube que o recrutou aos 9 anos, por indicação de Eusébio. “O Rui percebe muito de futebol e poderia ter dado um excelente treinador. Mas sempre sonhou ser presidente do Benfica e já o dizia no balneário”, afirma Hélder Cristóvão, ex-treinador do Benfica B.
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