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Dezoito detidos em escândalo de árbitros suspeitos de apostarem em futebol na Turquia

Lusa 07 de novembro de 2025 às 08:49

O futebol turco ficou em choque com as conclusões de uma investigação da federação, que envolveu 571 árbitros das ligas profissionais, e da qual resultou que 371 possuem contas em plataformas de apostas desportivas, sendo que 152 apostam ativamente.

O Ministério Público (MP) da Turquia anunciou esta sexta-feira a detenção de 18 pessoas no âmbito de uma investigação contra árbitros de futebol suspeitos de apostar em jogos.
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Um total de 21 pessoas, incluindo 17 árbitros e o presidente de um clube da primeira divisão turca, estão sujeitas a mandados de detenção, afirmou o MP, sem especificar quantos árbitros estão entre os 18 já detidos. Os suspeitos foram detidos para interrogatório em operações coordenadas realizadas esta manhã em Istambul e noutras 11 províncias, acrescentou o MP. A investigação centra-se em suspeitas de "abuso de poder" e "influência no resultado de uma partida", referiram os procuradores. Murat Ozkaya, presidente do Eyupspor, clube da Superliga turca, e Fatih Sarac, antigo proprietário de outro clube, Kasimpasa, estavam a ser interrogados no âmbito da investigação, avançou a imprensa local. O Kasimpasa foi colocado sob administração judicial em setembro, após uma investigação de corrupção que envolveu a empresa que detinha anteriormente o clube. Em 31 de outubro, a federação de futebol da Turquia suspendeu 149 árbitros, acusados de apostarem em jogos e assim violarem a proibição de o fazer. "A arbitragem é uma profissão de honra. Quem manchar essa honra (...) nunca mais participará no futebol turco", vincou o presidente do organismo, Ibrahim Haciosmanoglu. Quatro dias antes, o futebol turco ficou em choque com as conclusões de uma investigação da federação, que envolveu 571 árbitros das ligas profissionais, e da qual resultou que 371 possuem contas em plataformas de apostas desportivas, sendo que 152 apostam ativamente. As suspensões aos 149 árbitros punidos variam entre os oito e os 12 meses, detalhou a federação, acrescentando que continuam em curso investigações sobre mais três elementos. O organismo especificou que 22 dos implicados (sete árbitros principais e 15 assistentes) atuam na primeira divisão. Do grupo visado, dez dos profissionais identificados fizeram mais de 10 mil apostas, sendo que o mais ativo realizou um total de 18.227 apostas. No mesmo relatório, refere-se que 42 árbitros apostaram, cada um, em mais de mil jogos. A federação de futebol turca não especificou, no entanto, se algum dos suspensos é suspeito de ter apostado em desafios por si dirigidos, infração ainda mais grave e com molduras penais mais fortes.
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