A partir de 1 de Janeiro de 2017, só vão ser vacinadas com a BCG as crianças que pertencem a famílias com elevado risco. A vacina contra a meningite B vai ser gratuita para crianças com défice de imunidade e a vacina contra HPV está mais eficaz e vai ser dada mais cedo
A vacina BCG contra a tuberculose, que era administrada a todas as crianças logo após o nascimento, vai passar a ser dada apenas a crianças que pertencem a grupos de risco, sendo esta uma das várias novidades do novo Programa Nacional de Vacinação.
De acordo com a subdirectora geral da Saúde, Graça Freitas, que coordena o Programa Nacional de Vacinação (PNV), a transição da vacinação universal para a protecção de grupos de risco é "um momento histórico".
A partir de 1 de Janeiro de 2017, apenas serão vacinadas com a BCG as crianças que pertencem a famílias com risco acrescido para a tuberculose ou as que vivem numa determinada região com uma taxa da doença superior à do país (como nos distritos de Lisboa e Porto). "Não é difícil encontrar esses meninos. Dá trabalho, mas para isso é que cá estamos", disse a responsável, em entrevista à agência Lusa.
A alteração foi proposta por um subgrupo, criado no âmbito da Comissão Técnica de Vacinação, e contou com o contributo de dezenas de peritos de várias áreas. "Destas pessoas todas que foram consultadas, algumas representando instituições, apenas uma pessoa, em nome individual, por já estar jubilado, tinha dúvidas sobre a mudança de estratégia. Reuniu-se, pois, um grande consenso junto da comunidade científica", explicou.
Pesou igualmente na mudança a evolução da tuberculose, hoje com valores muito inferiores dos registados no passado. Em 2015, Portugal atingiu o número mais baixo de sempre de casos de tuberculose, com uma incidência de 20 casos por 100 mil habitantes. A esta evolução positiva acresce o facto de "Portugal ter um programa de vigilância que permite monitorizar a doença", sublinhou Graça Freitas.
A especialista em doenças transmissíveis garantiu que esta mudança de estratégia não está relacionada com a falta de vacinas BCG que se registou nos últimos anos. Portugal tem actualmente 64 mil doses de vacina prontas para serem colocadas nas instituições e um "canal aberto de importação do Japão", disse. "Nós não quisemos nunca juntar as duas coisas. Só quisemos ter a mudança de estratégia de vacinação quando já tivéssemos as vacinas, para uma coisa ser completamente distinta da outra", disse.
O novo PNV entra em vigor a 1 de Janeiro de 2017 e contará com várias novidades, além das alterações na vacinação contra a tuberculose. A vacina contra a meningite B, cuja inclusão no Programa Nacional de Vacinação (PNV) está a ser avaliada vai ser administrada gratuitamente a crianças que, por razões clínicas, têm défices de imunidade.
Graça Freitas informou ainda a que também a vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV), com uma eficácia superior a 90 por cento contra o cancro do colo do útero, vai ser administrada às raparigas mais cedo (10 anos de idade). "Usávamos uma vacina quadrivalente que cobria cerca de 75 por cento do cancro do colo do útero. Entretanto, foi possível adicionar à vacina mais cinco antigénios", frisou.
Vacina contra a tuberculose só será dada a crianças de risco
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