GMV, Efacec e Synopsis Planet vão participar na missão espacial Hera, a primeira dedicada à defesa planetária na Europa, com lançamento previsto para 2024.
Três empresas portuguesas participam na missão espacial Hera, a primeira dedicada à defesa planetária na Europa, com lançamento previsto para 2024, indicou à Lusa a agência espacial portuguesa Portugal Space.
As empresas são a GMV, a Efacec e a Synopsis Planet, enumerou a Portugal Space, adiantando que o país decidiu em novembro, em sede do Conselho Ministerial da Agência Espacial Europeia (ESA), onde Portugal assumiu a copresidência do órgão governativo, contribuir com 2,8 milhões de euros para o envelope financeiro da missão, vocacionada para estudar o desvio da trajetória de asteroides em risco de colisão com a Terra.
"Já estamos a ter o retorno desse investimento", assinalou a agência espacial portuguesa numa nota breve à Lusa, realçando que a segurança espacial é uma das suas "áreas de atuação".
"Queremos contribuir para o esforço global de combate a possíveis ameaças de asteroides, quer ajudando a dar visibilidade internacional às competências que a indústria portuguesa tem desenvolvido nos últimos anos, como reforçando o conhecimento da comunidade científica em torno de um tema que poderá ser fundamental para o futuro do planeta", declarou a Portugal Space.
A ESA assinou hoje, na Alemanha, um contrato de 129,4 milhões de euros, com o consórcio liderado pela empresa aeroespacial alemã OHB, para o projeto detalhado, fabrico e testes de uma sonda, incluindo o seu sistema avançado de orientação, navegação e controlo.
Em comunicado, a ESA indicou que Portugal e Roménia, dois dos 17 países europeus envolvidos na missão Hera, "estão a desenvolver o altímetro laser que irá fornecer informações essenciais para as funções de navegação autónoma". Um altímetro laser permite medir, com precisão, altitudes com recurso a raios laser.
A sonda europeia Hera vai viajar até Didymos, um sistema de dois asteroides próximo da Terra, e fazer o estudo detalhado sobre o pós-impacto de uma outra sonda, norte-americana, em Dimorphos, uma lua na órbita de um dos asteroides. Pretende-se que, com os dados recolhidos, se consiga obter uma "técnica de deflexão de asteroides bem caracterizada e repetível".
A agência espacial norte-americana NASA conta lançar a sonda DART para o duplo asteroide Didymos em julho de 2021.
Segundo a ESA, o "impacto cinético" da sonda DART na lua Dimorphos, esperado em setembro de 2022, "deve alterar sua órbita e criar uma cratera substancial".
"Esta lua será o primeiro objeto celestial cujas características físicas e orbitais são intencionalmente alteradas pela intervenção humana", salienta o comunicado da Agência Espacial Europeia.
A missão Hera, que chegará a Didymos no final de 2026 para estar pelo menos seis meses a estudar o duplo asteroide, irá testar, ainda, novas tecnologias, como a navegação autónoma em torno de um asteroide, e recolher dados que permitam aos cientistas compreenderem melhor a composição e estrutura deste tipo de corpo rochoso do Sistema Solar.
Dois minissatélites serão colocados em órbita para estudar Didymos. Os contratos de adjudicação para a construção destes equipamentos estão a ser ultimados.
Três empresas portuguesas na primeira missão espacial europeia de defesa planetária
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"