A resistência ocorre quando bactérias, vírus, fungos e parasitas deixam de responder aos antibióticos aumentando o risco de propagação de doenças graves e de morte.
Mais de 35 mil pessoas morrem anualmente devido a infeções resistentes aos antibióticos, estimou esta terça-feira o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), alertando que a resistência antimicrobiana continua a aumentar na Europa.
Resistência a antibióticos causa 35 mil mortes/ano na UE, alerta o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de DoençasDR
"Estima-se que as infeções resistentes aos antimicrobianos causem mais de 35.000 mortes por ano na UE/EEE [União Europeia e Espaço Económico Europeu], representando um encargo substancial para os indivíduos, as sociedades e os sistemas de saúde", adiantou o ECDC num comunicado que assinala o Dia Europeu da Consciencialização sobre os Antibióticos.
Segundo o centro europeu, o aumento da resistência antimicrobiana registado em vários países mostra que a "Europa não está no bom caminho" para atingir quatro das cinco metas estabelecidas para 2030 nesta área.
Desde 2019, a incidência estimada de infeções da corrente sanguínea causadas pela bactéria Klebsiella pneumoniae resistente à classe de antibióticos carbapenemes aumentou mais de 60%, apesar da meta de redução de 5% até 2030.
Da mesma forma, as infeções causadas pela Escherichia coli resistente às cefalosporinas de terceira geração aumentaram mais de 5%, contrariando o objetivo de uma redução de 10%, alertou o ECDC, avisando que o consumo de antibióticos também aumentou em 2024, quando estava prevista uma diminuição de 20%.
A resistência aos antimicrobianos ocorre quando bactérias, vírus, fungos e parasitas deixam de responder aos antibióticos e outros agentes, que se tornam ineficazes para o tratamento das infeções, aumentando o risco de propagação de doenças graves e de morte.
"O aumento da resistência antimicrobiana, juntamente com a escassez de novos tratamentos eficazes, constitui uma grave crise de saúde pública em evolução na Europa e no mundo", salientou ainda o comunicado.
Para a diretora da ECDC Pamela Rendi-Wagner, o combate à resistência antimicrobiana exige inovação em três frentes principais - "ações enérgicas" para o uso responsável de antibióticos, práticas sustentadas de prevenção e controlo de infeções e o desenvolvimento de novos antibióticos.
De acordo com o centro europeu, o aumento das infeções resistentes coloca em risco procedimentos que salvam vidas, como transplantes de órgãos, tratamentos contra o cancro, cirurgias e cuidados intensivos.
Alertou ainda que o desenvolvimento global de antibióticos continua a ser limitado, especialmente contra microrganismos prioritários para a saúde pública, como as bactérias resistentes aos carbapenemes.
"São necessárias soluções inovadoras para conter o aumento da resistência antimicrobiana, mas existem muito poucos novos antibióticos com mecanismos de ação inovadores perto da aprovação", realçou o ECDC.
A resistência antimicrobiana "não é apenas uma questão médica -- é uma questão social. Devemos garantir que ninguém na Europa fica sem uma opção de tratamento eficaz", salientou Diamantis Plachouras, responsável dessa área específica no ECDC.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Há momentos que quebram um governo. Por vezes logo. Noutras, há um clique que não permite as coisas voltarem a ser como dantes. Por vezes são casos. Noutras, são políticas. O pacote laboral poderá ser justamente esse momento para a AD.
A recente manifestação dos juízes e procuradores italianos, que envergaram as suas becas e empunharam cópias da Constituição nas portas dos tribunais, é um sinal inequívoco de que mesmo sistemas jurídicos amadurecidos podem ser alvo de ameaças sérias à sua integridade.
Apoiando Marques Mendes, recuso-me a “relinchar” alegremente campanha fora, como parece tomar por certo o nosso indómito candidato naquele tom castrense ao estilo “é assim como eu digo e porque sou eu a dizer, ou não é de forma alguma!”.
O tarefeiro preenche um buraco, não constrói a casa. Tal como no SNS, a proliferação de tarefeiros políticos não surge do nada. É consequência de partidos envelhecidos, processos de decisão opacos, e de uma crescente desconfiança dos cidadãos.