O alerta foi dado por especialistas nas Jornadas de Pneumologia que estão a decorrer em Barcelona, Espanha
Especialistas em pneumologia alertaram hoje que não só o tabaco e a poluição ambiental provocam ou agravam a asma, mas também os produtos químicos presentes em cosméticos e pesticidas utilizados na manipulação de alimentos.
A asma tem sido um dos temas abordados nas Jornadas de Pneumologia, organizadas pela Sociedade Catalã de Pneumologia da Academia de Ciências Médicas da Catalunha, que decorrem hoje e sábado no Centro Internacional de Negócios de Badalona, em Barcelona, Espanha.
Maribel Casas, do Instituto de Saúde Global (ISGlobal) de Barcelona, observou a influência cada vez mais forte dos factores ambientais no desenvolvimento e no controlo da asma.
Até agora, segundo a pneumologista, tem-se estudado em profundidade os efeitos da exposição ao tabaco e à poluição ambiental, mas existem outros factores de risco ambiental menos conhecidos, mas que também podem contribuir para o aumento da doença, disse Maribel Casas.
"Não falamos só de poluição, mas também da manipulação de alimentos", salientou a especialista.
Advertiu também para as substâncias químicas que estão presentes no dia-a-dia em produtos como os pesticidas, cosméticos, nos recipientes de plástico que acondicionam os alimentos e bebidas, que têm capacidade de afectar o sistema respiratório.
A pneumologista advertiu ainda para os riscos da exposição a estas substâncias "nos primeiros anos de vida, porque os pulmões estão a formar-se e é particularmente susceptível a exposições ambientais adversas".
Compreender a origem da asma é um dos desafios que a comunidade científica deve enfrentar, porque só assim se poderão definir políticas de saúde para prevenir o desenvolvimento da doença, defendeu.
Nas Jornadas de Pneumologia participam 350 especialistas que durante os dois dias irão debater vários temas, como os transplantes.
Químicos utilizados em cosmésticos e na alimentação podem causar asma
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"O afundamento deles não começou no Canal; começou quando deixaram as suas casas. Talvez até tenha começado no dia em que se lhes meteu na cabeça a ideia de que tudo seria melhor noutro lugar, quando começaram a querer supermercados e abonos de família".