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O relato de como se trabalha na Maternidade Alfredo da Costa: "É como ir para a guerra"

Maria Espírito Santo 11 de agosto de 2018 às 15:00

Afinal, o corpo já não aguenta mas continua a trabalhar – são palavras da médica que relata 24 horas críticas. A maternidade já conseguiu mais contratações – mas está longe do cenário ideal.

Observamos o vaivém numa manhã normal na Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa: a cada três minutos, uma mulher atravessa as portas do serviço de urgência. Passam pequenas e grandes barrigas e crianças pela mão. Mas a questão não está tanto na quantidade de grávidas e de mães que vemos entrar. Aliás, por aqui, há menos bebés a nascer (foram 3.673 em 2017). A questão está no tipo de casos: a esmagadora maioria são hoje casos complexos, a maternidade é considerada o lugar mais bem preparado para atender gravidezes de risco. Para aqui são reencaminhados casos dramáticos que chegam de todos os pontos do País. E, neste momento, não há mãos a medir para os atender a todos – e sem levar os médicos à exaustão.

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