Sábado – Pense por si

A sucessão de erros que matou David Duarte

Raquel Lito
Raquel Lito 26 de maio de 2017 às 13:13

Um médico do Hospital de São José aceitou recebê-lo, vindo de Santarém, sabendo que não podia tratá-lo: os especialistas em neurocirurgia e neurorradiologia tinham deixado de fazer prevenções ao fim-de-semana. “Não admito que as pessoas paguem para trabalhar”, afirmou à SÁBADO o chefe do Serviço de Neurorradiologia, João Reis

David Duarte teve dois azares: sofrer de um aneurisma a uma sexta-feira e em Dezembro de 2015. Se o jovem de 29 anos desse entrada no mesmo hospital de Lisboa (São José) e com o mesmo quadro clínico (hemorragia cerebral) até Abril de 2014, teria recebido outro tratamento – até então assegurado por uma equipa médica de neurocirurgiões vasculares, 24 horas por dia, sete dias por semana. Uma vez feito o diagnóstico, através de uma TAC (tomografia axial computorizada), seria encaminhado para a unidade de neurocríticos, onde uma equipa altamente qualificada de médicos e enfermeiros dos cuidados intensivos iria prepará-lo para a intervenção no dia seguinte – ou seja, sábado, logo pelas 8h.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais