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Dores nas costas: 11 soluções para a dor mais comum do corpo humano

Lucília Galha 21 de janeiro de 2021 às 07:43

Mais de um terço da população sofre desta condição e a pandemia veio agravá-la. Razão: como passamos mais tempo sentados, sobrecarregamos a coluna. Até há pouco tempo, só havia três coisas para oferecer aos doentes: fisioterapia, medicação e cirurgia. Agora já existem técnicas para controlar a dor e robôs que põem o parafuso em vez dos cirurgiões. Mas o melhor caminho mesmo é prevenir. Saiba como.

Sempre que espirrava, Carla Frazão encolhia-se toda. Por isso, temia ter um acidente cada vez que conduzia. Foi assim durante anos. As dores nas costas eram tão fortes que o reflexo era imediato. Para a professora de Educação Física, de 50 anos, o simples movimento de se baixar e depois levantar era terrível. "Só me dava vontade de largar a criança e de me atirar para o chão", conta àSÁBADO. Há oito anos que Carla Frazão sofre de dor crónica no fundo das costas, começou quando, ao fazer a cama, se dobrou e já não conseguiu endireitar-se.

A professora, que fez ginástica rítmica de competição, experimentou tudo antes da cirurgia: fez fisioterapia intensiva, praticou Pilates, acupuntura, o osteopata. Nada resultou. Ao fim de cinco anos sem dormir uma noite inteira, foi operada. Não resolveu. Antes, esse seria o fim da linha, mas agora não. "Antigamente, só havia três coisas a oferecer aos doentes: a fisioterapia, a medicação, com e sem opioides, e a cirurgia. O campo dos procedimentos minimamente invasivos abre um novo espetro", descreve Miguel Reis e Silva, médico fisiatra no Centro Multidisciplinar de Dor do Hospital Garcia de Orta.

Em outubro de 2020, Carla Frazão fez um destes novos procedimentos chamado radiofrequência – em que através de uma agulha se passa uma corrente elétrica nos nervos afetados para evitar que transmitam a dor. "Estou longe de poder dizer que acordo sem dor, mas estou muito mais funcional", diz.

A dor lombar é a mais frequente no corpo humano. Razão: "A parte de baixo da coluna é a transição do corpo para os membros inferiores, acaba por ser o suporte do nosso peso corporal, mas também a base para a deambulação e para a marcha", explica Filipe Antunes, vice-presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor. Em Portugal, afeta mais de um terço da população – dados do Instituto Nacional de Estatística indicam que 3,3 milhões de pessoas sofrem deste problema – e é mais prevalente nas mulheres do que nos homens.

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