Ruben Saraiva encontra-se em prisão preventiva e terá sido contratado pela máfia albanesa para executar Ardian Nikulaj.
Um ano depois de ter sido extraditado de Marrocos para a Albânia, o Ministério Público decidiu levar o alegado mercenário português Ruben Saraiva a julgamento acusado do crime de homicídio de Ardian Nikulaj.
Segundo a imprensa albanesa, foi acusado de homicídio relacionado com querela e de posse de arma ilegal.
O jovem já havia comparecido no Tribunal de Lezha, Albânia, em novembro do ano passado para solicitar o fim da prisão preventiva. Agora, espera-se que o processo seja enviado para este mesmo tribunal e que seja dado início ao julgamento, somente quando a defesa tomar conhecimento dos factos.
"Estamos na Justiça pela substituição da medida de segurança contra Rúben Saraiva e pelo relatório de dois meses que o Ministério Público deverá entregar ao tribunal", disse em novembro de 2024 Kujtim Cakrani, advogado do português. "Chamo a atenção para o facto de que se trata de uma questão muito delicada, em que o Ministério Público não dá prosseguimento às investigações desde abril de 2023."
A defesa já havia descartado a possibilidade de Rúben Saraiva estar ligado a este crime e a 1 de novembro, o português solicitou libertação por falta de provas, visto que se encontrava sob custódia das autoridades albanesas. O pedido foi recusado.
Ardian Nikulaj foi morto a 19 de abril de 2023 com sete tiros no seu próprio café, em Shangjin, Albânia. Segundo apontam os investigadores, o crime terá sido ordenado por Edmon Haxhia em nome dos seus primos, a família Lekstakaj. O albanês será um dos arguidos que será extraditado.
Já Rúben Saraiva terá desempenhado o papel de carrasco, segundo as autoridades, enquanto os britânicos Stephen Hunt, Thomas Mithan, Harriet Bridgeman e Harry Simpson terão sido meros observadores. Estes últimos enfrentam um processo separado. O tribunal britânico ordenou, a 27 de agosto, a extradição de três dos arguidos ingleses.
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