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Os objetos que retratam a ditadura

Susana Lúcio
Susana Lúcio 28 de maio de 2025 às 07:00

Duas gerações de portugueses viveram sob um regime ditatorial, criado por Salazar, que marcou todos os aspetos da vida no País. A jornalista Fernanda Cachão leva-nos numa viagem ao tempo em que vivíamos com senhas de racionamento, Hitler era um amigo, a PIDE perseguia e os informadores denunciavam tudo.

Não repetir.” Foi com este objetivo que a editora do Correio da Manhã, Fernanda Cachão, dedicou cinco anos a escrever o livro O Estado Novo em 101 Objetos. “As pessoas não se apercebem como é bom viver em democracia, como também não se aperceberam como era mau viver em ditadura”, diz à SÁBADO. O primeiro desafio foi a dimensão do próprio regime que, contando com a ditadura militar instaurada em 1928, totalizou 48 anos de restrição das liberdades individuais – “a mais longa ditadura da Europa Ocidental”. Depois deparou-se com o caráter burocrático do Estado Novo. “Foi uma ditadura do papel”, diz. E dá o exemplo do Diário do Governo, que publicava as leis criadas pelo regime, “uma produção legislativa enorme que controlava todas as áreas da vida, sobretudo da vida privada”. Fez investigação em arquivos públicos e privados e explorou as livrarias alfarrabistas onde encontrou tesouros. “Foi onde encontrei uma imagem do chaveiro da sede da PIDE.” A SÁBADO revela 11 objetos.

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