Sábado – Pense por si

Marion Barry (1936-2014)

Dulce Neto
Dulce Neto 27 de novembro de 2014 às 20:05

Preso durante seis meses depois de filmado pelo FBI a fumar droga, protagonizou um dos mais improváveis regressos ao poder da história da política dos Estados Unidos. Foi reeleito uma quarta vez com o slogan: "Posso não ser perfeito, mas sou perfeito para Washington"

Estão 400 pares de olhos fixos nele, num silêncio absoluto. A plateia de miúdos da escola primária tinham escutado este homem alto e simpático demonizar as drogas num discurso cativante. Tinham escutado como ele se mantinha limpo de qualquer substância. Tinham repetido com ele o grito de guerra "LIVRE-DE-DROGAS". E agora há um garoto que agarra no microfone e pergunta solenemente: "As pessoas acreditam em si quando diz que não usa drogas?" Calmo, no seu fato escuro, o presidente da câmara da capital dos Estados Unidos tenta explicar que não é um hipócrita nem um criminoso; que é um químico experiente e sabe o que as drogas fazem ao corpo e à mente; que quer continuar a ser um bom presidente e portanto nada de drogas ou álcool. 

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Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.