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Maria Francisca Gama: "É misógino quase não haver escritoras no currículo escolar"

Vanda Marques
Vanda Marques 04 de junho de 2025 às 23:00

O segundo livro da escritora, A Cicatriz, atingiu a 9ª edição e foi um dos maiores bestsellers de 2024. O novo romance acaba de chegar às livrarias e mostra-nos uma mãe muito diferente.

Chega ao ponto de encontro – a estátua de Eduardo Lourenço, no jardim da Praça de Espanha –, em Lisboa, uns minutos depois da hora combinada. A culpa foi do atraso do Uber que apanhou. Pode parecer estranho chegar de carro para uma caminhada de 2,5 km, mas Maria Francisca da Gama está grávida de 30 semanas e naquela quinta-feira esperam-se máximas de 35 ºC. São 10h36 e a escritora, com uma garrafa de água sempre por perto, confessa que está habituada a andar a pé – “odeio o para-arranca do trânsito” – e faz exercício físico. Vai ao ginásio três vezes por semana e não pensa abrandar. O segundo romance que escreveu, A Cicatriz, bateu recordes em 2024. Foram mais de 40 mil livros vendidos, e continua nas estantes das livrarias. Já vai na 9ª edição. Confessa que gosta de saber que os seus livros são lidos. A autora-fenómeno – que através das redes sociais pôs os jovens a ler –, explica que os seus livros são lidos em família. “A Cicatriz ficou um livro popular e tenho nas sessões de autógrafos pessoas dos 16 anos até aos 96 anos. É um livro muito lido em família. Ou seja, uma jovem de 20 anos compra o livro depois de o ler, passa-o à mãe, que o passa à avó. É engraçado porque alguns escrevem no livro o nome das pessoas que já o leram.”

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