Sábado – Pense por si

Carlos de Matos: de clandestino a milionário

Tiago Carrasco 12 de dezembro de 2014 às 08:00

Foi moço de recados e operário numa fábrica de vidro, dormiu em bairros de lata e bancos de jardim. Uma máquina avariada lançou Carlos de Matos no mundo dos negócios

Carlos de Matos queria por tudo deixar Paris. O português, então com 18 anos, tinha entrado clandestinamente em França com um amigo da sua aldeia (Carvide, na região de Leiria), mas deambulava há 48 horas por Draveil, um subúrbio a sul da capital francesa, numa busca frustrada pelo carro de um emigrante ali instalado que lhes prometera cama e roupa lavada. Cansado de dormir em bancos de jardim, entrou num autocarro para ir para a estação, onde apanharia um comboio rumo a Portugal. Tinha o dinheiro contado para a viagem, uns 500 escudos (hoje 100 euros em valores actualizados) que pedira a uma tia, em notas grandes. Mas o motorista não tinha troco.

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