Os pais queriam que fosse advogado. Preferia pianista ou padre. O ídolo da música da década de 60 faz 77 anos a 17 de Outubro e nós recuperamos a entrevista de vida que a SÁBADO lhe fez antes de comemorar 50 anos de carreira
O encontro estava marcado para as duas e meia da tarde, no Café Império, em Lisboa. Ele chegou antes da hora, a tempo de tomar uma água e encher o ego. Na parede, ao lado de outras antigas estrelas, encontram-se duas fotos suas no auge do sucesso. Quando as fãs lhe rasgavam a camisa e só saía de casa sob escolta policial. Foi ele quem, num misto de nostalgia e sentido prático, escolheu o local da entrevista. Morou 30 anos a dois passos do velho café, já por lá muito cantou e, em breve, espera repetir o feito. Além disso, agora que tem casa na outra margem, sempre que vem à capital estaciona o seu Renault por ali. Conhece a zona como o seu repertório e, à conta dos "vândalos" terem estragado os parquímetros, lá poupa umas moedas. Soa a hora agendada, Calvário desce as escadas e escolhe uma mesa longe de olhares. A cada passo deixa um rasto de perfume e um sorriso. Senta-se. Mais uma água e as canções dos Abba a embalarem a conversa. À beira de completar 50 anos de carreira (em 2008), o primeiro artista a representar Portugal na Eurovisão, suspira pelas coroas de Rei da Rádio, pelos dias áureos da revista e sonha entrar numa telenovela. António Calvário continua solteiro e louro rapaz. Ainda incendeia um clube de fãs, todas elas avozinhas. Ah, "Mocidade, Mocidade"!
António Calvário: "Quando saio à noite ainda é de caixão à cova"
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.