Há quatro anos queria ir à Kidzania. Agora que a mãe perdeu o subsídio de desemprego, o seu único desejo é que encontre um trabalho
Em Outubro de 2010, quando fez parte do artigo sobre a pobreza infantil, a mãe de Anabela estava desempregada e viviam com enomres dificuldades. Esta semana, a mãe da menina, que hoje tem 14 anos, soube que tinha perdido o direito ao subsídio de desemprego. Eram 370 euros. Dizem-lhe no centro de emprego que falhou a resposta a uma convocatória para responder a uma proposta, mas ela garante que não recebeu as cartas. "Acharam que eu estava a ser desleixada", lamenta à SÁBADO. "Fui aos Correios e disseram-me que se pode ter extraviado. Agora o processo vai levar uns três meses, até Março." Está desesperada. O seu rendimento era esse, mais os 250 euros da pensão de viuvez e os cerca de 200 de contributo para despesas que todos os meses lhe dá o filho da maior amiga – que voltou a Angola. Naquela casa, em Alverca, Anabela vive com a mãe, mais esse rapaz, também com 14 anos, que ela quase criou desde menino. Apesar das dificuldades, de viverem com ajuda alimentar de uma instituição, e mesmo sem poder comer cereais todas as manhãs (é preciso racioná-los), Anabela pensa que a sua vida melhorou nos últimos quatro anos.
Anabela, 14 anos: No Natal só pede um emprego para a mãe
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Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.
Ricardo olhou para o desenho da filha. "Lara, não te sentes confusa por teres famílias diferentes?" "Não, pai. É como ter duas equipas de futebol favoritas. Posso gostar das duas."