Na era das redes sociais, dos encontros imediatos e do desejo descartável, ainda existe encontro, romance, conquista? Conhecemos duas estórias de amor épico e conversámos sobre esse grande mistério com os especialistas.
O amor é um cocktail exaltado, mistura de fragilidade e força, entorpecimento e desassossego, sentidos toldados em alerta, hormonas, neurotransmissões e químicas complexas. É dos maiores mistérios, não só para nós, mas para psicólogos, filósofos e cientistas. "É universal, já foi estudado em quase todas as culturas do mundo o que chamamos de amor romântico", explica José Manuel Palma, professor universitário de Psicologia Social. Segundo ele, o amor define-se por três dimensões: a paixão, ligada ao desejo, a intimidade e a partilha. Há amores que só têm uma delas, outros têm todas e há diferentes combinações. "Contudo, existe um amor, psicológico e fisiologicamente diferenciado, que é um estado de transtorno que te deixa dependente: o amor romântico. Passas a dividir o mundo, com o outro e sem o outro, porque é assoberbado, ficas numa excitação só por falar na pessoa." Esta forma próxima da paixão é como imaginamos o amor, mas nem todas as paixões se tornam amores românticos. "Nestes, toda a consciência, emoção e prazer está dependente da pessoa amada." De tal maneira, que ultrapassa os filtros sociais e automáticos que nos levam a escolher sempre os amores, como os amigos, no nosso grupo de interesses ou classe social. "Não somos livres de amar", costuma dizer o professor aos seus alunos. Mas o amor romântico leva tudo à frente.
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Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.
Ricardo olhou para o desenho da filha. "Lara, não te sentes confusa por teres famílias diferentes?" "Não, pai. É como ter duas equipas de futebol favoritas. Posso gostar das duas."