Sábado – Pense por si

A refugiada que salvou dois bebés de um naufrágio

Vanda Marques
Vanda Marques 25 de junho de 2017 às 08:00

Uma Esperança Mais Forte do que o Mar conta a história de uma refugiada síria que perdeu o noivo num naufrágio, mas salvou duas crianças que não eram suas . A porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados nunca a esqueceu

Nunca quis aprender a nadar. Tinha medo da água e nem quando um primo a atirou para um lago mudou de ideias. Dooa al-Zamel estava longe de imaginar que ia passar quatro dias e quatro noites à deriva no Mediterrâneo, agarrada a uma bóia, com duas crianças que não eram suas ao colo, numa tentativa desesperada de chegar à Europa. A jovem de 19 anos tinha deixado a Síria e vivia no Egipto, mas não aguentava mais. Foi lá que conheceu Bassem, ficaram noivos, e começaram a pensar em ir para a Suécia num barco clandestino. A sua história nunca mais saiu da cabeça de Melissa Fleming, que esteve na OSCE e na Agência Internacional de Energia Atómica antes de, em 2008, ingressar no Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), onde é directora de comunicação e porta-voz. Decidiu encontrar-se com Doaa e contar como ela salvou duas bebés no livro editado agora pela Porto Editora, Uma Esperança Mais Forte do que o Mar, que as duas vieram apresentar a Lisboa. O livro será adaptado ao cinema por Steven Spielberg.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.

Cuidados intensivos

Loucuras de Verão

Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.