Sábado – Pense por si

A maior comuna hippie do mundo

30 de outubro de 2014 às 18:43

Dançavam nus e tocavam flauta para fazer a erva crescer. Casavam em grupo, adoravam um guru e fumavam charros nas pausas do trabalho. Chegaram a ser mil. Hoje, na The Farm, só restam 200

Nos primeiros tempos, os ácidos ainda eram permitidos na comuna. O sexo pré-marital (como os métodos contraceptivos e os abortos) é que nunca foi bem visto. Se queriam ter relações, os seguidores do guru Stephen Gaskin só tinham de lhe pedir que os casasse, em cerimónias sem papéis mas cheias de marijuana fumada como sacramento. Numa noite, durante uma trip de LSD, o fundador da The Farm, ainda hoje considerada a maior comunidade hippie do mundo, chegou a celebrar o seu próprio casamento. Pormenor: já era casado, com Margaret Nofziger, em terceiras núpcias. Voltou a casar com ela e, ao mesmo tempo, com um casal amigo. "Durante dois anos viveram os quatro, mas ao fim desse tempo separaram-se. Houve mais 16 casamentos de grupo na comuna. Nenhum durou", conta à SÁBADO Melvyn Stiriss, membro fundador da The Farm que revela na trilogia "Voluntary Peasants" (Camponeses Voluntários) toda a história da comunidade.

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