Sábado – Pense por si

A história do livro mais perigoso do mundo

Dulce Neto
Dulce Neto 08 de janeiro de 2017 às 17:57

Uma avó embrulhou-o em folhas impermeáveis e enterrou-o no jardim. Podia ter valor. Não se enganou. Escrito em papel oferecido pela nora de Wagner numa cela onde não faltou cerveja, prenda nos casamentos que até os cegos podiam ler, Mein Kampf, o manifesto infame de Hitler, é agora novamente um sucesso

Parece uma foto vulgar de um casal de noivos. Ela, de vestido branco e gardénias na mão. Ele, de fato escuro e flor na lapela. Um pormenor rasga a banalidade: na mão do noivo está oMein Kampf(A Minha Luta). A imagem a preto e branco da avó de Barbara Ernst, de Munique, não é caso único nos álbuns das famílias alemãs. Em 1936, o Ministério do Interior "convidou" as câmaras municipais a oferecerem o livro de Adolf Hitler a todos os recém-casados.

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