Sábado – Pense por si

A festa não parou depois da matança

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 22 de julho de 2017 às 10:00

Margit Thyssen, uma das herdeiras mais ricas da Europa, deu em 1945 uma festa que culminou no massacre de 180 judeus

Sacha Batthyany, 40 anos, almoça num restaurante em Buenos Aires com duas irmãs argentinas, filhas de sobreviventes do Holocausto. É a primeira vez que se encontram e estão ali para uma transacção. Elas, que em viagens à Europa procuraram as respostas que a mãe não tinha sobre o que acontecera aos avós, querem confirmar se o que sabem é verdade (os avós suicidaram-se?). Ele, que nos últimos anos procurara respostas sobre o passado negro da sua família, tem uma verdade mais dura para revelar. A procura e o que fazer com a verdade é o ponto de união entre os "netos da guerra" – os das vítimas e os dos agressores. "Crescemos com a sensação de que o passado doloroso condiciona a nossa existência hoje", diz Mirta, uma das irmãs. "É a nossa herança."

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