Pedro Leal abre a cortina do cockpit, volta-se para trás e levanta o polegar em sinal afirmativo. A luz do cinto de segurança acendeu mas o comandante quer certificar-se de que está tudo a postos. Duas hélices vão rugindo ao longo da pequena pista de Tires, enquanto o avião ganha velocidade para descolar. Bastam alguns metros. "Levanta no capô de um carro se for preciso", brinca o piloto, que é também o dono da empresa que há um ano faz a ligação aérea entre Lisboa, Bragança e Portimão. Uma carreira com paragem em Vila Real e Viseu - e que muda para sempre a história de uma das canções mais batidas do rock português: em vez das nove, agora são menos de duas horas de distância.

A bordo da única carreira aérea regional

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