Sábado – Pense por si

Lux, o fim de uma era

Raquel Lito
Raquel Lito 16 de dezembro de 2025 às 23:00

Abre-se um novo capítulo para a discoteca no armazém portuário, que vincou a noite da capital ao longo de 27 anos. A marca, criada por Manuel Reis e perpetuada por um coletivo de funcionários leais, terá novo patrão. É irlandês, chama-se John Darling e garante à SÁBADO “honrar o legado” do fundador. Veremos.

Durante o dia, a catedral da noite de Lisboa também mexe. Discretamente, no Lux Frágil gerem-se contas, contratações de artistas internacionais e patrocínios de bebidas, para que o negócio não esmoreça. Sem porteiros à entrada, é preciso tocar à campainha. Lá dentro, estranha-se o silêncio, as colunas de som desligadas, as instalações visuais sem luz, a pista fechada. No primeiro piso, o salão nobre do edifício de betão erguido em 1914 – antigo armazém portuário de Santa Apolónia, convertido em discoteca e aberto ao público a 29 de setembro de 1998 (no penúltimo dia da Expo) -, há uma porta, quase impercetível.

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Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.