Itália proíbe o uso dos telemóveis na sala de aula
Regra é reforçada por uma circular do Ministério da Educação, que se apoia num documento que compara os smartphones à cocaína.
O ministro da Educação de Itália aprovou uma circular em que proíbe os alunos de usar o telemóvel dentro da sala de aula. O documento assinado por Giuseppe Valditara reúne indicações acerca do uso de telemóveis e dispositivos semelhantes na sala, considerando que se trata de "um elemento de distração do próprio aluno e dos outros e de uma falta de respeito face aos professores, a quem é prioritário devolver autoridade".
A circular, que considera que "distrair-se com os telemóveis não permite acompanhar as aulas de forma proveitosa", não introduz castigos caso a regra não seja cumprida. "Com a circular não introduzimos sanções disciplinares, mas apelamos ao sentido de responsabilidade. Convidamos as escolas a garantir o respeito pelas regras em vigor", adianta o Ministério. Em novembro, o ministro da Educação indicou em entrevista que os telemóveis podiam ser deixados à entrada ou fora da sala de aula.
O uso dos telemóveis é permitido, caso seja para finalidades didáticas. De acordo com a imprensa italiana, muitos alunos já desligavam o telemóvel à entrada da aula, mas é difícil aplicar a regra porque exige a verificação aluno a aluno. É desde 2007 que o aparelho não pode ser usado pelos alunos nas salas italianas, mas agora a proibição é reforçada. Antes, cabia aos diretores decidir sobre a regra.
Um documento que acompanha esta circular adianta que ossmartphonescausam "a perda progressiva de faculdades mentais essenciais".
"Não difere em nada da cocaína", indica o documento: "Tem as mesmas implicações químicas, neurológicas, biológicas e psicológicas." Por isso, desencoraja o uso dos smartphones por parte dos menores de 14 anos, a impedir a inscrição nas redes sociais para menores de 13 anos, a proibir os telemóveis na sala de aula e a encorajar a ler livros, a escrever à mão e a exercitar a memória.
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