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Professor envolvido na tragédia da avalanche em França enfrenta acusação de homicídio

14 de janeiro de 2016 às 19:08
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O docente francês que dirigiu um grupo de estudantes para uma pista de esqui encerrada onde uma avalanche matou dois jovens e um turista ucraniano permanece internado num hospital da cidade de Grenoble

Um professor francês enfrenta uma acusação de homicídio após ter dirigido um grupo de estudantes para uma pista de esqui encerrada onde uma avalanche matou na quarta-feira dois jovens e um turista ucraniano, referiu hoje um procurador.

O professor não pode ser detido "de momento" porque ficou ferido com gravidade no acidente de quarta-feira e permanece internado num hospital da cidade de Grenoble (centro-sul), referiu em conferência de imprensa o procurador Jean-Yves Coquillat.

Uma adolescente de 16 anos morreu no local, enquanto um rapaz de 14 anos faleceu mais tarde no hospital. O ucraniano de 57 anos que também foi morto pela avalanche não pertencia ao grupo escolar.

"A investigação deverá determinar o estado psíquico do professor e a sua capacidade para liderar um grupo", acrescentou Coquillat.

O magistrado referiu que a pista "estava encerrada e com a rede habitual e avisos de várias línguas", e que o grupo escalou por cima da rede "com total consciência" do que estavam a fazer.

A pista Bellecombes da estância de esqui Deux Alpes, a uma altitude de 2.500 metros, está classificada como uma pista negra, a escala de maior dificuldade em França, e reservada a esquiadores experimentados.

Bellecombes esteve encerrada durante toda a estação devido à falta de neve. Mas a forte queda de neve dos últimos dias embranqueceu as montanhas, levando as autoridades a emitir avisos sobre o elevado risco de avalanches nos Alpes franceses.

Em Deux-Alpes, o risco de avalanche era de nível três numa escala de cinco.

Desde o início deste ano, tinham já morrido quatro pessoas em avalanches nos Alpes Franceses: dois alpinistas lituanos, a 3 de Janeiro, na Alta-Sabóia, e um esquiador espanhol e outro checo, a 5 de Janeiro, em Sabóia.

A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.