Sábado – Pense por si

Perplexidades futebolísticas

22 de agosto de 2011 às 12:07

Num corropio de compras e vendas no mercado futebolístico indígena descobre-se, como se de um milagre se tratasse, que a selecção sub-20 chegou à final do Mundial.

Num corropio de compras e vendas no mercado futebolístico indígena descobre-se, como se de um milagre se tratasse, que a selecção sub-20 chegou à final do Mundial. A final, com o Brasil, decorrerá já depois de escrever estas linhas. Mas o importante é outra coisa. Algo que gera perplexidades. Os negócios de compra dos três grandes (FC Porto, Benfica e Sporting) este ano valeram perto de 100 milhões de euros, até ao momento. Quase nenhum jogador português foi comprado. Mais interessante ainda: os jovens jogadores comprados são brasileiros, argentinos ou belgas. O sr. Mika é uma excepção que confirma a regra. Os clubes portugueses deixaram de olhar para as suas academias e buscam sobretudo jogadores no estrangeiro. Quando olhamos para o plantel dos sub-20, onde não há estrelas sonantes, repara-se que muitos deles já jogam no estrangeiro, alguns estão nas mãos do sr. Jorge Mendes (como é óbvio) e prontos a seguirem o mesmo caminho. Muito poucos jogaram já na I Liga portuguesa. E os dos escalões jovens têm os caminhos tapados por plantéis onde o que é nacional deixou de ser bom. O caso exemplar do Benfica onde ser jogador português é quase um sinal de ter um vírus mostra o que vai na cabeça dos dirigentes.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.