Quase duas décadas de dados sobre o comportamento das baleias jubarte foram analisados numa investigação da Universidade de Queensland.
Com a recuperação da população de baleias jubarte na costa da Austrália, a competição entre os machos aumentou e estes diminuíram o canto e passaram a lutar para atrair as fêmeas, revela um estudo.
REUTERS/Mike Hutchings/File Photo
Cientistas liderados pela Universidade de Queensland (Austrália) analisaram quase duas décadas de dados sobre o comportamento das baleias jubarte, publicando esta quinta-feira os resultados na revistaCommunications Biology.
O canto das baleias jubarte, emitido pelos machos, está entre os mais complexos do reino animal. Enquanto o seu papel exato é debatido entre os cientistas, é aceite pela comunidade científica que essa música permite que um macho dominante monopolize uma fêmea para se tornar o que é chamado de acompanhante principal.
Em 1997, os machos que cantavam eram "quase duas vezes mais propensos a tentar procriar com uma fêmea do que os machos que não cantavam", referiu a investigadora Rebecca Dunlop, uma das autoras do estudo.
No entanto, em 2015 a situação tinha mudado e os machos que não cantavam tinham quase cinco vezes mais hipóteses de serem vistos a tentar reproduzir-se do que aqueles que cantavam.
Para a investigadora, esta é uma mudança "bastante grande" de comportamento e sugere que os humanos não são os únicos sujeitos a "grandes mudanças sociais em termos de rituais de acasalamento".
Os cientistas acreditam que a mudança ocorreu progressivamente à medida que o número de indivíduos da espécie recupera, após a cessação generalizada da caça às baleias na década de 1960.
Com mais machos, a competição é mais feroz e a última coisa que um destes pretende é anunciar, com o seu canto, que há uma fêmea na área, pois pode atrair outros machos, situação em que devem então competir ou abandonar o local, explicou Dunlop.
Entre as baleias jubarte, a agressão física tende a assumir a forma de investidas e tentativas de cabeçadas, que podem resultar em lesões, o que leva os machos a "pesar os custos e benefícios de cada tática".
A investigadora indicou ainda que "será fascinante ver como o comportamento de acasalamento das baleias continua a ser moldado no futuro".
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