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Musk recorre a novos argumentos para justificar abandono da compra do Twitter

"Alegações sobre determinados factos conhecidos pelo Twitter antes ou a 08 de julho de 2022, mas não divulgadas aos representantes de Musk antes ou nessa data, surgiram depois e constituem razões adicionais para pôr fim ao acordo de compra", escreveu um dos advogados de Musk.

O empresário Elon Musk enviou nova carta ao Twitter invocando acusações do antigo chefe de segurança da empresa, Peiter Zatko, para justificar com mais argumentos o abandono da compra da rede social, anunciado em julho.

"Alegações sobre determinados factos conhecidos pelo Twitter antes ou a 08 de julho de 2022, mas não divulgadas aos representantes de Musk antes ou nessa data, surgiram depois e constituem razões adicionais para pôr fim ao acordo de compra", escreveu Mike Ringler, um dos advogados de Musk, numa carta ao responsável jurídico do Twitter com data de segunda-feira e divulgada hoje.

Ringler refere-se a alegações de Peiter "Mudge" Zatko, ex-responsável pela segurança do Twitter, que apontou falhas de cibersegurança da plataforma e acusou os dirigentes de terem mentido sobre os meios usados para combater contas falsas e 'spams'.

As afirmações de Zatko foram enviadas a dois reguladores norte-americanos e ao Departamento de Justiça.

O advogado do líder do Tesla precisa que não considera que estes novos elementos sejam necessários para justificar a rutura do contrato, mas constituem argumentos adicionais "no caso de o aviso de rescisão de 08 de julho ser considerado inválido, por qualquer motivo".

Musk depôs também um documento junto do regulador da bolsa norte-americana, alertando-o para as razões adicionais que justificam ter abandonado o projeto de aquisição do Twitter.

A decisão de desistir da compra foi anunciada no início de julho, com Musk a acusar a empresa de não ter respeitado os acordos e de não ter comunicado o número exato de contas falsas e 'spams'.

A desistência levou o Twitter a processar o multimilionário para o obrigar a honrar os termos do acordo. O julgamento, que vai durar cinco dias, começa em 17 de outubro num tribunal especializado do Delaware.

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