Por Sara Antunes - Jornal de Negócios
Os mercados em números
PSI-20 caiu 1,27% para 4.924,95 pontos
Stoxx 600 desceu 0,77% para 352,34 pontos
S&P 500 desvaloriza 1,4% para 2.667,64 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal recua 3,8 pontos base para 1,902%
Euro sobe 0,29% para 1,1408 dólares
Petróleo aprecia 0,29% para 1,1408 dólares por barril
Bolsas europeias terminam semana com quedas acentuadas
As principais praças europeias viveram um novo dia de quedas avultadas, com os índices a descerem e a renovarem mínimos de 2016. As bolsas chegaram a perder mais de 1%, mas no final da sessão acabaram por aliviar das quedas e fecharam com descidas inferiores.
A contribuir para as quedas desta sexta-feira, 26 de Outubro, estão os resultados decepcionantes da Amazon e da Alphabet – divulgados após o fecho da sessão em Wall Street – que estão a diminuir ainda mais o apetite pelo risco - e as descidas do sector automóvel, que está a ser arrastado pela Valeo. A fabricante de componentes automóveis afundou mais de 21%, depois de ter revisto em baixo as suas estimativas, com base na desaceleração da economia chinesa.
O Stoxx600, índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, fechou esta última sessão a perder 0,77%, com o vermelho a imperar em toda a Europa. Todos os principais índices bolsistas caíram e Lisboa não foi excepção. O PSI-20 cedeu 1,27% para 4.924,95 pontos, com 17 das cotadas que o compõem em queda. E algumas com quedas expressivas, como o caso do BCP e Jerónimo Martins deslizaram mais de 2%, Galp e Sonae SGPS perderam mais de 1%.
Os últimos dias têm sido marcados por perdas elevadas e subidas expressivas, alternadas. O contexto não ajuda, com a guerra comercial, as tensões geopolíticas em torno da Arábia Saudita devido à morte do jornalista saudita no consulado deste país, a polémica em torno de Itália e do seu Orçamento "incumpridor" e os resultados abaixo do esperado de algumas cotadas têm contribuído. Mas não serão "apenas" estas questões. Há já analistas que alertam para a inevitabilidade de correcções e especialistas dizem que não há razões suficientes para justificar estes "sell-offs".