Durante uma reunião de alunos, visado defendeu que algumas pessoas "de facto mereciam levar com uma pedra".
A Faculdade de Direito, da Universidade de Lisboa, abriu um processo disciplinar a um aluno por alegados comentários discriminatórios contra estudantes brasileiros, confirmou à Lusa a instituição de ensino superior.
Ricardo Almeida/CM
Os comentários que terão levado a que fosse aberto um processo disciplinar ao aluno aconteceram durante uma Reunião Geral de Alunos (RGA), em 20 de Abril. Na ata desta reunião é referido que "alguns estudantes luso-brasileiros" contactaram a Associação Académica da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa porque queriam escrever uma carta ao presidente brasileiro a expor "algumas das dificuldades sentidas".
Essa carta seria entregue a Lula da Silva durante a sua vinda a Portugal, e abordava como questões como dificuldades no acesso à habitação, problemas com vistos e outras questões mais gerais sentidas pelos alunos luso-brasileiros a estudar em Portugal.
Algumas das pessoas elogiaram a iniciativa, mas um aluno presente na reunião, que será também conselheiro da Universidade de Lisboa, considerou que a carta tinha "vários erros" e "mentiras" em relação aos problemas que os alunos luso-brasileiros expunham.
"Refere, ainda, que a carta tem erros cruciais, como a menção do Presidente Luís Inácio como 'Lula', como se os estudantes estivessem a dizer: 'Lula, é só para dizer que Portugal é um pais péssimo, somos super mal tratados, mas mesmo assim somos tão burros que continuamos a ir para lá', diz ainda 'as pessoas que escreveram isto acho que de facto mereciam levar com uma pedra'", lê-se na ata da RGA.
Face a isto, a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa "decidiu avançar no imediato com um processo disciplinar ao referido aluno", confirmou fonte oficial à Lusa.
"A Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL) repudia e não tolera qualquer situação de discriminação", refere a mesma fonte, acrescentando que "o ambiente multicultural que se vive na instituição, proporcionado pela presença de alunos e professores das mais diversas geografias, é uma das suas mais-valias, uma vez que valoriza a experiência de toda a comunidade académica".
"A Faculdade tomará sempre todas as medidas ao seu alcance para combater a discriminação", refere a instituição de ensino superior, deixando a garantia de que estará "sempre ao lado dos seus estudantes, docentes e pessoal não docente" e que "disponibiliza um conjunto de mecanismos de apoio, de que é exemplo o Provedor do Estudante, a quem podem reportar estas situações".
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.