Queda de aeronave causou a morte de 71 pessoas. Quatro sobreviventes ainda estão hospitalizados - um em estado muito crítico
O piloto Miguel Quiroga, que comandava o avião que caiu na semana passada causando a morte de 71 pessoas, tinha um mandato de prisão contra si por ter desertado da Força Aérea Boliviana, informou hoje o governo do país.
"O capitão Quiroga, que era o piloto do avião acidentado, tinha um julgamento pendente com a Força Aérea Boliviana, tendo, inclusive, um mandato de prisão contra si", disse hoje o ministro boliviano da Defesa, segundo a agência estatal ABI.
De acordo com Reymi Ferreira, Quiroga e outros quatro militares que desertaram estão a ser processados por essa conduta, mas evitaram ser detidos com a apresentação de recursos legais de ordem constitucional.
O ministro explicou que os pilotos militares assumem o compromisso de, uma vez formados, não se retirarem da entidade até cumprirem com os anos de serviço militar estabelecidos.
Apenas em casos excepcionais pode ser analisada a baixa de um militar, o que não aconteceu com Quiroga, que não tinha justificação válida.
A 29 de Novembro, a queda do avião da companhia Lamia causou a morte a 71 das 77 pessoas que seguiam a bordo, incluindo a maioria dos jogadores da Chapecoense, dirigentes e jornalistas que acompanhavam a equipa brasileira, que se preparava para disputar a primeira mão da final da Taça Sul-americana de futebol com os colombianos do Atlético Nacional.
Defesa Hélio Neto ainda em estado muito crítico
O defesa do Chapecoense Hélio Neto, um dos seis sobreviventes do acidente aéreo que vitimou 71 pessoas, continua em estado "muito crítico", informou hoje o director médico do hospital de Medellín.
"Neto continua numa condição muito crítica, profundamente sedado. Estamos a controlar um processo infeccioso nos pulmões, que possivelmente terá resultado da broncoaspiração", comunicou Ferney Rodríguez.
O diretor médico do Hospital San Vicente Fundación de Medellín sublinhou que o defesa do clube brasileiro sofreu um "trauma importante no tórax" e que se encontra "com ventilação assistida".
Ferney Rodríguez explicou que o facto de Neto ter sido resgatado apenas oito horas depois do acidente foi aquilo que mais comprometeu fisiologicamente a sua condição.
"Essas oito horas foram muito duras para o seu corpo. O que mais nos preocupa é o seu estado pulmonar, teve uma contusão, ou seja, um trauma dentro do pulmão", acrescentou.
O clínico informou ainda que outros três sobreviventes, o guarda-redes Jackson Follmann, o lateral esquerdo Alan Ruschel e o jornalista Rafael Henzel, continuam na unidade de cuidados intensivos do Hospital San Vicente Fundación de Medellín, onde ocorreu o acidente.
"Foi um acidente muito grave, têm politraumatismos e a sua condição ainda é delicada, por isso continuam a necessitar de um acompanhamento apertado", disse.
Sobre Follmann, a quem amputaram a perna direita, o médico precisou que evolui "adequadamente". "Hoje esperamos observar mais profundamente o estado da amputação da perna direita, avaliar bem as feridas, definir se é necessário fazer algum tratamento especial", completou.
Ferney Rodríguez revelou que estão a controlar uma infecção a Henzel e que Ruschel evolui favoravelmente de uma cirurgia à coluna.
Já a Clínica Sómer, do município de Rionegro, informou, em comunicado, que a hospedeira de voo boliviana Ximena Suárez vai continuar hospitalizada.
"Está a receber tratamento com antibióticos e a ser seguida pelo grupo médico interdisciplinar da instituição", pode ler-se na nota.
Chape: Piloto do avião tinha um mandato de prisão contra si
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