Sábado – Pense por si

Atentado a restaurante na Somália faz 31 mortos

As forças de segurança da Somália puseram esta manhã fim ao ataque de um grupo de homens armados a um restaurante em Mogadíscio, que causou pelo menos 31 mortos

As forças de segurança da Somália puseram esta manhã fim ao ataque de um grupo de homens armados a um restaurante em Mogadíscio, que causou pelo menos 31 mortos, segundo a Associated press.

Os sobreviventes, que desde quarta-feira à noite estavam reféns dentro do restaurante Pizza House, foram retirados do edifício por soldados, e os feridos transportados em ambulâncias.

As forças de segurança rodearam o restaurante e usaram armas colocadas em cima de carros para neutralizar os militantes. Os cinco atacantes foram mortos e os soldados conseguiram tomar controlo do edifício esta manhã, indicou o capitão da polícia Mohamed Hussein.

Um balanço anterior dava conta de 17 mortos e 26 feridos, não havendo ainda números definitivos. Os corpos de cinco meninas foram encontrados dentro do restaurante, disse a polícia.

O ataque começou com a explosão de um carro na entrada do estabelecimento, na quarta-feira à noite, e o grupo extremista Al-Shabab já reivindicou a autoria.

A explosão destruiu a fachada do edifício e provocou um incêndio. Apesar de o Al-Shabab ter garantido que atacou o restaurante Posh Treats, que é frequentado pela elite da cidade e foi atingido pela explosão, a polícia assegurou que o estabelecimento visado foi o Pizza House.

O grupo extremista Al-Shabab ataca com frequência áreas privilegiadas de Mogadíscio, como hotéis, pontos de controlo militares e próximos do palácio presidencial. Depois de o recém-eleito governo somali ter lançado uma nova ofensiva militar contra si, o grupo prometeu realizar mais ataques.

No último ano, o Al-Shabab foi o grupo islamita mais mortífero em África, com mais de 4.200 pessoas assassinadas, segundo o levantamento realizado pelo Centro de Estudos Estratégicos de África (ACSS, na sigla em inglês).

Este grupo está a sofrer novas pressões militares dos EUA, depois de Donald Trump ter aprovado a expansão de operações, incluindo ataques aéreos, contra o Al-Shabab. No domingo, militares norte-americanos em África fizeram um ataque aéreo no sul da Somália que matou oito membros do grupo num campo de apoio e comando destas milícias.

O presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Mohamed, confirmou este ataque aéreo e disse que tais ataques reduziriam a capacidade do grupo de fazer novos ataques.

Com um novo governo estabelecido, está a subir a pressão sobre a Somália para que os seus militares assumam a responsabilidade total pela segurança do país.

A força multinacional da União Africana (AMISOM, na sigla em inglês), que se tem apoiado no frágil governo com 22 mil efectivos, vai começar a reduzir a sua presença em 2018 e deve sair do país em 2020.

Também na quarta-feira, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) adoptou por unanimidade uma resolução que prolonga a missão política da ONU na nação do Corno de África, que se procura reconstruir depois de mais de duas décadas como Estado falhado, até 31 de Março de 2018.

No texto, reconhece-se que "este é um momento crítico para a Somália".

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.