As eleições transformaram-se num duelo. E quando assim acontece ninguém se admira se alguém tentar abater o outro pelas costas.
Afinal, dos dois (Sócrates e Passos Coelho), só um sobreviverá a este tiroteio digno de Ok Corral. O FMI realiza o filme, ao vencedor caberá aplicar a ideologia John Wayne que está explícita no acordo com a Troika: disparar sobre tudo o que se move. Vai ser um duelo longo, mas não vai ser a hora da verdade. A nossa crise é o erro permanente que nenhum político conseguirá resolver. Mas pode ser que tudo fique mais claro, com menos dióxido de carbono que durante anos Sócrates espalhou pelo ar. O debate televisivo entre os dois homens que podem ocupar o poder em São Bento (o PP será eventualmente uma surpresa, mas esta não é ainda a sua hora) mostrou que Sócrates não é Spartacus. Não é imbatível no combate sem piedade dos gladiadores. Sócrates está refém do seu passado, mesmo que tente alterar o que fez e desfez e confunda a nossa memória. Com Passos Coelho tentou fazer o que sempre foi o toque letal de esgrima: interrogar os outros sobre o que pensam, iludir que as suas ideias são modeladas pelas circunstâncias. Sócrates fez da política uma ideologia de plasticina. Com ele o PS saltita de conceitos com a alegria de um pardal. A crise tornou-se a nossa telenovela. Já não sabemos o que fazer se ela, de repente, desaparecesse. A crise tornou-se a verdadeira atracção turística de Portugal e destas eleições. Pensamos que resolveremos o nosso dilema histórico com este duelo. Não será assim. Mas o seu desfecho poderá ajudar a perceber melhor o futuro.
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