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Volt avisa que presença do Chega é "linha vermelha" em qualquer acordo

28 de janeiro de 2022 às 18:23

"Temos muitos jovens que não podem ir para a universidade porque as suas famílias não conseguem pagar um alojamento", alertou ainda o líder do Volt, frisando que o tema da Habitação é fulcral para o partido.

O líder do Volt avisou hoje que a presença do Chega é "uma linha vermelha" para integrar qualquer acordo de governação e que o partido está aberto a diálogo com PS ou PSD porque se situa no "centro pragmático".

"O Volt situa-se no centro pragmático. Nesse sentido, o Volt falará com um futuro Governo PS ou futuro Governo PSD, se for o caso. Logo veremos depois, como é que as negociações correrão e o acolhimento das nossas ideias", afirmou em declarações à Lusa Tiago Matos Gomes.

No Porto, numa arruada que marcou o início do último dia de campanha, o presidente português do primeiro partido europeu, explicou que o Volt "não tem preconceitos ideológicos", mas, avisou, "rejeita os extremos".

Questionado sobre se a presença do Chega num acordo parlamentar seria impeditivo, Tiago Matos Gomes respondeu que sim: "É uma linha vermelha. Nós não queremos fazer qualquer tipo de acordo ou coligação com a extrema-direita. Onde o Chega entrar o Volt não entra", garantiu.

Sobre qual seria a primeira medida pela qual lutaria na Assembleia da República, o líder do Volt apontou a área da Habitação como prioridade.

"É um dos maiores problemas em Portugal e o direito à habitação para nós é fundamental. Temos muitos jovens que não podem ir para a universidade porque as suas famílias não conseguem pagar um alojamento", apontou.

Pelo que, explicou, "uma das primeiras medidas [do Volt] seria a construção de residências universitárias em massa para as universidades públicas e politécnicos".

Já o cabeça de lista do Volt pelo distrito do Porto, João Nuno Pessanha, salientou o "bom acolhimento" do partido pela população e explicou que no distrito os "maiores problemas" identificados durante estas semanas de campanha prendem-se com trabalho e saúde.

"A precariedade laboral, os salários baixos, uma dificuldade nos acessos à saúde e também uma certa desconfiança perante o Estado", enumerou.

Para "começar a solucionar" aqueles problemas o número um do Volt pelo Porto apontou algumas das propostas que o partido gostava de implementar.

"Queremos uma desburocratização na área da Saúde para facilitar o acesso aos cuidados primários, facilitar o trabalho dos profissionais de saúde, revisão dos estatutos remuneratórios das carreiras profissionais e, também na parte laboral, queremos que haja mais segurança, mas ao mesmo tempo mais dinamismo", salientou.

As eleições legislativas realizam-se no domingo.

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