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Vistos 'gold' captam investimento de 277,8 ME da Rússia e 32,5 ME de Kiev

25 de fevereiro de 2022 às 10:58

No total, desde que o programa de Autorização de Residência para Atividade de Investimento (ARI) foi lançado, foram concedidos 431 vistos 'gold' a cidadãos russos e 51 a cidadãos ucranianos.

O investimento oriundo da Rússia captado pelo programa vistos 'gold' totaliza mais de 277,8 milhões de euros em nove anos e o da Ucrânia soma 32,5 milhões de euros, segundo dados do SEF pedidos pela Lusa.

No total, desde que o programa de Autorização de Residência para Atividade de Investimento (ARI) foi lançado, foram concedidos 431 vistos 'gold' a cidadãos russos, o que corresponde a um investimento de 277.811.929,38 euros, de acordo com Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

"A cidadãos ucranianos foram atribuídos 51 ARI, implicando um investimento de 32.547.593,49 euros", segundo a mesma fonte.

Já este ano, foram atribuídos sete vistos 'dourados' a cidadãos russos.

No ano passado, foram atribuídas 65 ARI à Rússia, num total de 33.608.503,58 euros, contra 63 vistos 'gold' concedidos em 2020, num montante de 37.730.418,17 euros.

Ainda em 2020, sete cidadãos ucranianos obtiveram autorizações de residência para atividade de investimento, no valor de 3.7979.500 euros.

No que respeita ao critério de criação de postos de trabalho, a Ucrânia foi responsável por 11 postos de trabalho na área da consultoria e programação informática em Lisboa e a Rússia por 11 empregos em Setúbal, na área de hotelaria e restauração.

Desde que o programa de concessão de ARI foi lançado, em outubro de 2012, foram captados por via deste instrumento 6.147.874.500,99 euros. Deste montante, a maior parte corresponde a compra de bens imóveis, que totalizava até janeiro 5.545.982.427,40 euros, sendo que a aquisição para reabilitação urbana somava 376.804.564,85 euros.

O investimento resultante da transferência de capitais é de 601.892.073,59 euros.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.

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