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Venezuela vai aceitar a entrada de medicamentos e alimentos

10 de dezembro de 2016 às 09:12

Foi alcançado um acordo entre o governo de Nicolas Maduro e a oposição. O partido MUD pediu ainda eleições e que fossem libertados presos políticos

A oposição venezuelana anunciou hoje que o Governo começou a cumprir os acordos conseguidos na mesa de diálogo nacional e permitirá a entrada de medicamentos e alimentos no país.

"Anunciaram que iriam permitir que através das Nações Unidas e da Cáritas se trouxessem medicamentos e alimentos", anunciou o porta-voz da aliança da oposição Mesa de Unidade Democrática (MUD).

Segundo Carlos Ocariz, o Governo vai permitir a abertura de um canal humanitário no país, como exigiu a oposição nas negociações.

"Finalmente o Governo reconheceu, depois de 11 meses, a enorme crise que se vive no país, em matéria de medicamentos e alimentação", frisou, acrescentando que esta situação "custou a vida de pessoas".

A MUD vigiará o cumprimento do prometido pelo Governo e vai querer ver chegar os barcos com medicamentos, disse ainda, aos jornalistas.

A 30 de Outubro, o Governo e a oposição iniciaram um diálogo, sob a mediação do Vaticano e da Unasul (União das Nações da América Latina) que levou à criação de quatro mesas de negociação.

A 1 de Novembro, o parlamento, onde a oposição tem maioria, adiou "por alguns dias", a pedido do Vaticano, um debate para determinar a "responsabilidade política" do Presidente Nicolas Maduro, acusado da "ruptura da ordem constitucional" no país.

A 12 de Novembro, o Governo e a oposição acordaram trabalhar conjuntamente para a recuperação da economia e o combate à insegurança, tendo agendado nova reunião de diálogo para 6 de Dezembro.

No entanto, a MUD não participou nessa reunião, alegando falta de cumprimento dos acordos por parte do Governo.

Segundo a oposição, o Governo tinha prometido também libertar os presos políticos, criar um canal humanitário para a entrada de alimentos e medicamentos no país, estabelecer um cronograma eleitoral e avançar com uma data para eleições presidenciais.

Na última quarta-feira, a MUD insistiu em que não irá a qualquer reunião de diálogo enquanto os acordos não forem cumpridos e anunciou que vai voltar aos protestos de rua.

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