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Quatro mortos e 14 feridos em atentado bombista na cidade turca de Diyarbakir

31 de março de 2016 às 17:25

Quatro polícias morreram e outras 14 pessoas ficaram feridas esta quinta-feira num atentado bombista em Diyarbakir, a principal cidade do sudeste da Turquia

Quatro polícias morreram e outras 14 pessoas ficaram feridas hoje num atentado bombista em Diyarbakir, a principal cidade do sudeste da Turquia, de maioria curda, anunciou o governo local.

A cadeia de televisão CNN Turk avançou entretanto que o número de mortos poderá ser de pelo menos seis.

Dos 14 feridos da violenta explosão ocorrida perto do principal terminal de autocarros da cidade, à passagem de um veículo da polícia, oito são polícias e os outros seis são civis, precisou a mesma fonte.

Segundo a agência noticiosa Dogan, tratou-se de um atentado com uma viatura armadilhada, mas esta informação ainda não foi oficialmente confirmada.

O ataque foi perpetrado na véspera de uma visita à cidade do primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, cujo Governo conduz, desde o verão passado, uma campanha implacável contra os rebeldes curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) em diversos bairros daquela cidade e no sudeste da Anatólia, em geral, onde o PKK lançou uma "sublevação" nas áreas urbanas.

Mais de 40.000 pessoas foram mortas desde que o PKK pegou nas armas, em 1984, exigindo um território para a maior minoria da Turquia.

Desde então, o grupo recuou nas suas exigências, centrando-se nos direitos culturais e num estatuto de autonomia.

A Turquia vive há vários meses em estado de alerta reforçado, devido a uma série inédita de ataques atribuídos aos 'jihadistas' ou ligados à retomada do conflito curdo.

O último, um atentado-suicida atribuído pelas autoridades turcas ao grupo extremista Estado Islâmico (EI), atingiu a 19 de Março o coração de Istambul: a avenida comercial Istiklal, matando quatro turistas estrangeiros e ferindo cerca de 30 pessoas.

O atentado da avenida Istiklal ocorreu seis dias após um outro, com viatura armadilhada, no centro de Ancara, que fez 35 mortos e foi reivindicado por um grupo radical curdo próximo do PKK.

Depois de mais de dois anos de cessar-fogo, o conflito curdo foi retomado no verão passado, estando em curso combates entre as forças de segurança turcas e os rebeldes do PKK em muitas cidades do sudeste da Anatólia onde foi instaurado o recolher obrigatório. Os combates fizeram já muitas vítimas dos dois lados e mataram dezenas de civis.

O Presidente islamita conservador turco, Recep Tayyip Erdogan, tem repetidamente manifestado a determinação de "destruir o PKK", cujas bases da retaguarda, situadas no norte do Iraque, são regularmente bombardeadas pela aviação turca.

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