Secções
Entrar

Polícias dizem que governo não deu resposta à falta de efetivos

Lusa 24 de março de 2025 às 15:38

"Em 11 meses, o Governo podia ter dado respostas mais assertivas" aos principais problemas que afetam estas estruturas, disse o secretário nacional da Comissão Coordenadora Permanente.

A estrutura que congrega os sindicatos e associações mais representativas das forças e serviços de segurança considerou hoje que o atual Governo não conseguiu dar resposta à falta de efetivos nas polícias e tornar a profissão mais atrativa.

"Em 11 meses, o Governo podia ter dado respostas mais assertivas" aos principais problemas que afetam estas estruturas, disse à agência Lusa o secretário nacional da Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos sindicatos e associações das forças e serviços de segurança, Paulo Santos.

Esta estrutura, que congrega sindicatos da Polícia de Segurança Pública, da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e dos guardas prisionais e associações socioprofissionais da Guarda Nacional Republicana e Polícia Marítima, esteve hoje reunida para avaliar a atual situação política, fazer um balanço da intervenção do Governo e analisar quais os problemas que afetam estes profissionais.

Paulo Santos, que é também presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) e que assume atualmente o secretariado da CPP, lamentou que o Governo, que está agora em gestão devido à queda do executivo em consequência do chumbo da moção de confiança, não tenha conseguido tornar a profissão mais atrativa.

"As forças de segurança continuam sem candidatos. A falta de efetivos é um problema transversal", disse Paulo Santos, considerando que o trabalho deste Governo "ficou muito aquém daquilo que era necessário".

Como exemplo, referiu que foram mencionadas na reunião da CPP situações em que há postos da GNR e da Polícia Marítima a funcionar atualmente "com um único elemento".

Paulo Santos disse ainda que o acordo assinado em julho sobre o aumento do subsídio de risco foi positivo, apesar de o valor não ser o desejado, mas recordou que os militares da Polícia Marítima e os inspetores da ASAE não foram abrangidos, nem receberam qualquer benefício.

O secretário nacional da CPP deu conta que o Governo tinha prometido que o estatuto profissional da Polícia Marítima estaria concluído em dezembro de 2024, mas tal não aconteceu, e lembrou que o estatuto é de 1995.

Na ASAE, segundo Paulo Santos, os problemas relacionam-se com a falta de efetivos e atualizações salariais.

Fazem parte da CCP a Associação dos Profissionais da Guarda, Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, Associação Socioprofissional da Polícia Marítima, Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional e Associação Sindical dos Funcionários da ASAE.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela