Parlamento formalmente contra eventuais sanções - por razões diferentes
Não houve consenso para um texto único, mas o Parlamento aprovou dois votos de condenação contra as eventuais sanções europeias a Portugal, um da esquerda e outro do PSD/CDS-PP
Não houve consenso para um texto único, mas o Parlamento aprovou dois votos de condenação contra as eventuais sanções europeias a Portugal, um da esquerda e outro do PSD/CDS-PP. O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, aplaudiu o "consenso bastante verificável" onde "todos os deputados votaram contra as sanções".
"Quando se trata da Selecção Nacional, uns e outros aplaudem. Assim devia ser em relação às sanções impostas a Portugal, a Assembleia devia dar 7-0", defendeu o líder da bancada socialista, Carlos César, durante o debate no Parlamento que começou amigável, mas terminou com acusações que, eventualmente, acabou com cisões entre documentos. "Nós podemos provar porque é que as sanções são injustificadas", atirou o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, garantindo que não querem "ficar apenas a dizer que são contra as sanções".
O deputado do CDS, Nuno Magalhães, explicou que não há acordo porque o PS está "refém" do PCP. "Foi o PCP que impediu que haja um acordo. O PS está refém do PCP. É a geringonça no seu melhor", disse Magalhães.
No fim, o voto apresentado pelo PS, Bloco de Esquerda, PCP, "Os Verdes" e PAN (Pessoas Animais e Natureza) foi aprovado com os votos favoráveis de toda a esquerda e a abstenção do PSD e do CDS-PP. Já o voto do PSD e do CDS-PP teve também os votos favoráveis do PS e do PAN, mas registou votos contra do Bloco de Esquerda, PCP e "Os Verdes".
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