Secções
Entrar

PAN quer que seja declarado estado de emergência climática

09 de maio de 2019 às 18:23

O partido Pessoas-Animais-Natureza entregou um projeto de resolução na AR que aconselha o Governo a tomar medidas para garantir a neutralidade carbónica até 2030.

O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) entregou esta quinta-feira um projeto de resolução na Assembleia da República, que recomenda ao Governo que declare o estado de emergência climática e que tome medidas para garantir a neutralidade carbónica até 2030.

A iniciativa legislativa pede ao Governo que se "comprometa a fazer de tudo para tornar o país carbono neutro até 2030" e que, para isso, "aloque os recursos necessários para dar cumprimento às metas" estabelecidas para o mesmo período.

O PAN quer que o executivo liderado por António Costa "inste e coopere com outros estados-membros e estados terceiros, com vista a determinar as melhores práticas para limitar o aquecimento global e mantê-lo abaixo de um grau e meio", e que "implemente métodos que auxiliem à concretização desse fim".

O projeto de resolução requer ainda que o Governo "coopere com os parceiros nacionais com o objetivo de definir estratégias e planos relevantes neste âmbito".

O partido refere que Portugal deve seguir o exemplo britânico, cujo parlamento aprovou na quarta-feira uma moção que reconhece o estado de emergência climática.

Numa nota enviada à comunicação social, o PAN justifica que "as ações humanas já causaram mudanças climáticas irreversíveis" e que "os impactos já se sentem em todo o mundo", apontando ser "imperativo que se reduzam as emissões" de gases.

"Sabendo-se que as emissões de carbono resultam da produção e do consumo", o partido representado no parlamento pelo deputado André Silva sublinha que é necessário que o Estado implemente "políticas que fomentem a alteração de comportamentos".

Para tal, o partido argumenta que Governo pode, entre outras medidas, aprovar legislação, fazer uso da política fiscal ou criar infraestruturas.

"A administração pública tem o dever de limitar os impactos do aquecimento global e deve-se comprometer com o objetivo de atingir a neutralidade carbónica o mais rápido possível", lê-se no projeto de resolução.

Mas, na ótica do PAN, "os atuais planos e iniciativas em curso em Portugal não são suficientes para inverter" o aquecimento global.

"As consequências de um aumento global temperatura acima de 1,5°C são tão severas que impedir que isso aconteça deve ser a prioridade número um da humanidade e uma ação climática arrojada pode gerar benefícios económicos através da criação de novos empregos e oportunidades de mercado, com a consequente melhoria da qualidade do ambiente e dos níveis de bem-estar das pessoas em todo o mundo", lê-se no comunicado que acompanha o projeto de resolução.

O PAN advoga ainda que "uma ação climática arrojada pode gerar benefícios económicos através da criação de novos empregos e oportunidades de mercado, com a consequente melhoria da qualidade do ambiente e dos níveis de bem-estar das pessoas em todo o mundo".

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela